Publicado 09/12/2013 20:26 | Editado 04/03/2020 16:46
Com o resultado que se desenha para este ano, mantemos a marca de crescimento acima da média mundial. No ano passado, por exemplo, crescemos 5% ante 3% da média planetária. Esse êxito é fruto de um planejamento acertado da estratégia promocional da Embratur, que tem aproveitado a oportunidade proporcionada pelos megaeventos para gerar um ciclo virtuoso no turismo brasileiro. A Copa das Confederações, a Jornada Mundial da Juventude e a Copa do Mundo interessam não apenas pelos turistas que trazem durante sua realização. A exibição desses eventos pela TV, para bilhões de pessoas no mundo todo, garante uma grande exposição que, se for bem trabalhada, vai consolidar turismo brasileiro em um novo patamar.
E é o que temos feito, ao realizar um evento por dia útil no exterior, incluindo a ação que criei em minha gestão, o premiado Goal to Brasil, em que reunimos operadores de turismo dos países que mais enviam turistas para cá e fazemos uma verdadeira imersão em Brasil, passando informações detalhadas sobre andamento das obras para a Copa e de nossos principais destinos turísticos. Com isso, já capacitamos mais de 2 mil operadores de turismo, preparados para vender viagens para o Brasil com um grande volume de informações.
O crescimento da entrada de turistas estrangeiros representa ganhos econômicos diretos para, pelo menos, 10 milhões de brasileiros que ganham sua vida trabalhando com turismo. Obviamente, o impacto econômico da entrada de dólares se espraia por vários outros segmentos da sociedade. Este ano, o país já recebeu 5,6 bilhões de dólares entre janeiro a outubro de 2013, um recorde histórico para o período. Convertido em moeda nacional, esse montante significou uma receita de R$ 12 bilhões para o país – 10,7% a mais que no mesmo período do ano passado. Para se ter uma ideia do que esses quase R$ 12 bilhões representam para o país, é mais do que entrou em nossa economia por meio de importantes indústrias, como a automobilística, que gerou US$ 4,6 bilhões de janeiro a outubro deste ano. E é muito próximo do valor que ingressou em nossa economia com as exportações do setor de papéis e celulose.
Para ampliar ainda mais a importância desse setor na economia, na Embratur estamos apostando também na diversificação do perfil dos turistas, para seguir sempre crescendo. Por isso, encontrei na semana passada com a ministra da Cultura Marta Suplicy para debatermos os próximos passos da promoção dos patrimônios históricos brasileiros. A primeira edição do plano já está em andamento, com investimento de R$ 3 milhões por parte da Embratur. Faremos, em março, uma exposição em Madri de nossos 12 patrimônios reconhecidos pela Unesco. O Centro Histórico de São Luís estará presente. Ainda em 2014, faremos press trips, trazendo jornalistas para conhecer nossas cidades históricas, como já fizemos dez vezes com o Maranhão no período em que estou à frente da Embratur.
São ganhos os quais me orgulho de ter ajudado a nascer nos últimos dois anos e meio em que estive à frente da Embratur por determinação da presidenta Dilma. Período este que vem chegando ao fim, para que possa me dedicar a outras missões, como o movimento Diálogos do Maranhão e a pré-campanha para o governo do Estado. Espero, também nessas novas funções, poder continuar contribuindo com o desenvolvimento do Maranhão e do Brasil.