Palestinos equiparam racismo sionista com apartheid sul-africano

Manifestantes palestinos permaneciam neste sábado (7) hospitalizados com sintomas de asfixia depois dos choques da sexta-feira (6) em cidades da Cisjordânia com tropas do regime israelense durante marchas pela morte do líder sul-africano Nelson Mandela.

Los manifestantes gritavam palavras de ordem nas quais sublinhavam as semelhanças do sistema de apartheid vigente na África do Sul até sua abolição por Nelson Mandela, com a conduta racista do regime sionista israelense contra os palestinos.

Os protestos são convocados todas as sextas-feiras para exigir que cesse a ocupação militar israelense e contra o Muro da vergonha, que impede as comunicações e a passagem de pessoas entre várias localidades palestinas.

Os choques ocorreram nas cidades de Bilin, Al Masara, Kafr Qaddum e Nabih Saleh, com a participação de nacionalistas, ativistas estrangeiros e autoridades locais que carregavam cartazes com a imagem de Mandela, vários dos quais foram presos, segundo relatos de testemunhas.

O regime de Israel, racista e genocida, tinha relações privilegiadas com o governo de minoria branca racista na África do Sul, o qual manteve Mandela na prisão durante 27 anos.

Em Bilin dezenas de pessoas foram presas ou tiveram que ser atendidas devido às bombas de gás lacrimogêneo empregadas pelos ocupantes para dispersar as marchas que exigiam o fim da ocupação e a libertação de patriotas presos, alguns dos quais há quase quatro décadas nos infectos cárceres israelenses.

Confrontos similares ocorreram em Al Masara, onde os participantes elogiaram a decisão de um membro da religião drusa, preso por sua negativa a se alistar às tropas do regime israelense.

Os moradores de Bilin protestam desde 2005 todas as sextas-feiras contra o muro, construído em terrenos da cidade e foram acompanhados no ano seguinte pela população de Al Masara.

Com Prensa Latina