Exército sírio avança contra paramilitares próximos a Damasco

O Exército da Síria intensifica suas operações para liberar diversos pontos do país do controle de diversos grupos armados, que têm conduzido inclusive atos de terrorismo. Na noite desta quarta-feira (27), as forças armadas oficiais iniciaram operações noturnas contra os paramilitares da região de Ghuta Oriental, próxima à capital Damasco.

Grupos armados na Síria - Reuters/Muzaffar Salman

As forças sírias anunciaram o início de operações de combate aos grupos armados desde 10 eixos diferentes, de acordo com a emissora de notícias, Syria Now.

Segundo a reportagem, o Exército entrou em confrontos em diferentes posições dos paramilitares, que receberam, desde o início do conflito armado, apoio financeiro, bélico e político massivo de países vizinhos (como Israel, Arábia Saudita, Turquia e Catar) e de potências ocidentais, especialmente dos Estados Unidos.

Os confrontos recentes, de acordo com a emissora, deixaram um saldo de dezenas de mortos ou feridos, e a televisão estatal síria informou também a eclosão de combates pesados entre o Exército e outros grupos armados perto de Idlib (no noroeste do país), em que 28 paramilitares morreram.

Os combatentes, de acordo com a notícia, foram mortos em consequência do avanço das forças sírias contra um reduto de membros do grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante, vinculado à rede Al-Qaeda, que tem conduzido diversos atos de terrorismo e intimidação contra civis.

Segundo diversos relatos midiáticos, os paramilitares têm lançado projéteis contra zonas residenciais. Na madrugada desta quinta-feira (28), de acordo com o Ministério da Informação, citado pela emissora persa HispanTV, um disparo de morteiro contra um campo de refugiados na cidade Domba, próxima a Damasco, deixou três crianças mortas.

Os grupos armados, formados também por mercenários e islamitas provenientes de cerca de 38 países diferentes, são parte direta numa guerra civil que está prestes a completar três anos, mas o governo sírio continua conquistando avanços importantes na retomada de controle de pontos estratégicos.

Ainda assim, o governo declara-se disposto a sentar à mesa de negociações com os paramilitares desde o início do conflito armado, mas o apoio estrangeiro lhes garantiu a sensação de potência para manter sua posição e estender a violência.

Com agências,
Da redação do Vermelho