Mercosul debate políticas públicas para a mulher
A troca de experiências para a construção de políticas públicas de igualdade de gênero é o objetivo da 4ª Reunião de Ministras e Altas Autoridades da Mulher do Mercado Comum do Sul (Mercosul), realizada nesta quinta-feira (14), em Caracas.
Publicado 14/11/2013 17:02

Foi o que declarou à televisão pública, a vice-ministra venezuelana para a Participação Protagonística e Formação Socialista com Visão de Gênero, Rebecca Madriz, que destacou a aposta das delegações participantes em aprofundar no Mercosul a busca de igualdade entre os gêneros.
A vice-ministra assinalou que a troca de opiniões – depois das mesas técnicas instaladas dois dias antes – não só busca a geração de políticas públicas, como também propiciar que estas sejam construídas pelas mulheres.
A reunião, que será instalada na Casa Amarela, sede da Chancelaria em Caracas, pretende também contribuir à visualização da violência de gênero, um problema que -assinalou Madriz- esteve isolado como se fosse um assunto proibido.
Segundo a porta-voz do encontro, outros pontos da agenda são o fomento da autonomia da mulher mediante o trabalho e integração econômica; e a promoção de uma participação política paritária.
Afirmou que são indiscutíveis os avanços na Venezuela quanto à incorporação feminina em espaços de tomada de decisão e seu protagonismo a nível do poder popular; mas sustentou que, obviamente, persiste nesta sociedade o sistema patriarcal milenar que se expressa no machismo.
De acordo com Madriz, representantes dos demais países do Mercosul manifestaram interesse em conhecer o processo de inclusão da mulher venezuelana através das missões sociais (programas impulsionados pelo Governo), como as denominadas Mães do Bairro.
Recordou que esta iniciativa atende mulheres em situação de pobreza extrema, às quais, para além de meros benefícios econômicos, são oferecidas oportunidades e assessoramento para empreendimentos socioprodutivos.
Por outro lado, Madriz indicou que a Venezuela pode ser nutrida de legislações e debates abertos em países como Uruguai, Argentina e Brasil, em torno de saúde reprodutiva, violência de gênero e inclusive o feminicídio.
A Venezuela exerce desde 12 de julho a presidência rotativa do Mercosul, a qual entregará à Argentina durante a cúpula que acontecerá em janeiro nesta capital.
Fonte: Prensa Latina