Médico cubano em Mauá (SP) reafirma compromisso com saúde
Norge Luiz, médico, é cubano e veio trabalhar na cidade de Mauá, no ABC Paulista, depois da criação do Programa Mais Médicos, do governo federal. Antes dos estrangeiros chegarem ao município, as equipes de saúde da família das 23 Unidades Básicas de Saúde estavam sem praticamente sem médicos. Agora, todas elas estão completas.
Publicado 13/11/2013 10:16
Norge Luiz, médico, é cubano e veio trabalhar na cidade de Mauá, no ABC Paulista, depois da criação do Programa Mais Médicos, do governo federal. Antes dos estrangeiros chegarem ao município, as equipes de saúde da família das 23 Unidades Básicas de Saúde estavam sem praticamente sem médicos. Agora, todas elas estão completas.
“Nossa formação é a formação cubana em que o primordial é compromisso proletário”, disse o médico à reportagem daTVT, que o acompanhou durante uma visita domiciliar à casa dos irmãos Antônio Jorge Nunes e Francisco Jorge Nunes. Francisco se recupera de uma cirurgia no quadril e sofre de problemas psíquicos ainda não diagnosticados. Antônio é quem cuida dele. Eles nunca haviam recebido uma visita domiciliar até então.
“Pela primeira vez eu vejo uma visita domiciliar, acho muito interessante, acho que a questão da comunicação, por ele ser de outro país, não é nenhum problema. Acho que a recuperação do Francisco vai ser melhor do que eu esperava, porque com este tratamento, acho que vai ser mais rápido.”
Norge veio ao Brasil com a mulher, Odalis. O casal deixou em Cuba três filhos, o mais novo, de quatro anos. Eles estão entre os seis cubanos que estão atuando no município. Ambos estão acostumados a trabalhar fora de casa. Ela passou cinco anos trabalhando na Venezuela e no Congo, e ele atuou três meses numa missão internacional em Gana. “Nos estamos preparados para trabalhar em qualquer parte do mundo, com pobres, médios, ricos, sem importar raça , idade, ou classe social”, afirma Odalis.
Ao contrário dos outros médicos estrangeiros, os cubanos não recebem a bolsa de R$10 mil do governo federal. No caso de Cuba, o contrato do governo brasileiro é com a Organização Pan-americana de Saúde, que repassa os recursos do programa Mais Médicos para o governo de Cuba. Os médicos recebem só o equivalente a mil dólares, o equivalente a cerca de R$ 2.500. “Nosso dinheiro não é só para nós, é para nós e para o povo cubano”, comenta Norge.
Assista à reportagem da TVT:
Fonte: Rede Brasil Atual