Lula ressalta a importância da integração latino-americana
O ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (14), em entrevista ao jornal argentino Página 12, que a integração regional na América Latina “pode e deve” ser mais profunda. Ele assegurou ainda que atualmente a América do Sul é “muito mais soberana e respeitada no mundo”. Lula participará do 1º Congresso Internacional de Responsabilidade Social, que começa nesta terça-feira (15), em Buenos Aires.
Publicado 14/10/2013 16:25
O ex-presidente brasileiro acredita que se a América do Sul não tivesse evitado a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), “a região não poderia ter dado o salto econômico e social que deu na última década”. O acordo foi proposto pelos Estados Unidos em 1994 e está paralisado desde 2005.
“Por mais que os conservadores tentem negar, a América do Sul avançou muito nos últimos dez anos. Todos os nossos países vivem em democracia, crescem e se desenvolvem com distribuição de renda e inclusão social”, disse ele.
Contudo, para ele, os blocos econômicos latino-americanos precisam avançar mais em relação à integração. De acordo com suas palavras ao jornal argentino, “precisamos de um pensamento realmente estratégico que encare os problemas estruturais de integração, que apresente soluções para os desafios de integração física, energética, produtiva, de trabalho, cultural, ambiental e financeira”.
Ainda assim, Lula ressaltou os esforços neste sentido: “O Mercosul, apesar de seus inimigos, está vivo e funcionando. Criamos a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac)”.
O ex-presidente também declarou que a relação entre Brasil e Argentina “vive o melhor período da sua história”, mas “pode ser mais forte”. “O potencial do que podemos fazer juntos só começou a ser explorado. É importante ter clareza sobre esse ponto”, afirmou.
Lula expressou sua “confiança plena” na recuperação da presidente argentina Cristina Kirchner, que passou por uma cirurgia na semana passada para remover um coágulo no cérebro. “Ela é importante não só para a Argentina, mas para toda a região”, apontou.
Da redação do Vermelho,
Com informações do jornal Página 12, do Opera Mundi e da agência EFE