Sem parlamento, Egito é suspenso de organização internacional

O Egito foi suspenso da União Interparlamentar, organização internacional de parlamentos que busca promover o diálogo e assegurar a paz e cooperação entre os povos e suas democracias representativas. Em sua 129ª Assembleia, em Genebra (Suíça), a Somália e o Butão foram incorporados, mas devido à atual situação do governo egípcio, o país foi suspenso, de acordo com uma matéria publicada nesta terça-feira (8) pelo portal Middle East Monitor.

Desde a destituição do presidente Mohammed Mursi pelo Exército egípcio, em julho deste ano, o Parlamento do país foi dissolvido.

A União Interparlamentar (IPU, na sigla em inglês) afirmou que sem parlamento, o Egito já não se qualifica para integrar a organização, que expressou preocupação com a situação no país e disse que a monitoraria de perto.

Além disso, a IPU ofereceu apoio ao povo egípcio para assegurar que um parlamento democrático pudesse ser estabelecido, e disse esperar que as eleições no Egito garantisse esse processo.

Enquanto há desacordos fundamentais sobre a terminologia a ser aplicada à jogada que afastou Mursi da presidência do Egito, com defesas sobre esta ter sido uma continuidade da revolução, a IPU afirmou claramente que os eventos de julho de 2013 classificavam-se como um golpe de Estado.

O encontro em Genebra discutirá questões relacionadas com os direitos humanos e com o desarmamento nuclear entre os membros presentes. A agenda é montada no contexto do desarmamento químico sírio e com objetivos de emitir uma resolução sobre um mundo livre de armas nucleares em 2014.

O Egito não conseguirá restaurar sua integração à IPU até que tenha um parlamento em funcionamento, mas a organização reiterou seu desejo de ver o país reintegrado, através de um processo democrático.

Além disso, a violência no país, com confrontos entre apoiantes de Mursi e as forças do governo interino vem sendo condenada por diversos atores internacionais.

Com informações do Middle East Monitor,
Da redação do Vermelho