Renato Rabelo destaca a unidade para o desenvolvimento do país

O Partido Comunista do Brasil precisa ter o seu lugar, a partir da linha política, e sua identidade, sua fisionomia, que é a sua ideologia. Somente assim, ocupará espaços e chegará a objetivos maiores. Assim, Renato Rabelo, presidente do PCdoB, abriu a sua intervenção na Conferência Estadual, que acontece neste sábado e domingo.

 

Para ele, um partido que tende à social democrática é aquele que já deixou de lado a esperança do capitalismo e acredita que o sistema precisa ser superado. Mas, destacou que não existe um caminho único para se chegar ao socialismo. É um processo revolucionário. “O PCdoB sabe que a força matriz para alcançar a transformação são os trabalhadores”.

O presidente reverenciou também as três frentes do partido: política eleitoral, movimento social de massa e luta de ideias. O que une essas frentes são o programa construído pelos comunistas e a linha política. A principal é a eleitoral, mas sem as outras não chegamos a lugar algum.

A eleição é um momento para o fortalecimento, mas não se pode concentrar apenas nisso. O Partido Comunista é permanente, com um programa que nos guia para dar andamento a todas as atividades que desenvolvemos no coletivo. E a militância já tem consciência disso. Rabelo destacou que o PCdoB é um partido que preza pela democracia, tem autonomia e opinião própria. “Não permitimos projetos individuais. O nosso projeto é do Partido. As nossas lideranças se apropriam deste. É isso que nos diferencia e torna mais fortes”.

Rabelo ressaltou a preparação da base ao longo das conferências locais e regionais para o 13º Congresso Nacional do PCdoB. Destacou que os debates procuraram levar em conta os ensinamentos das manifestações de junho, mas lembrou que quando o movimento eclodiu, o Caderno de Textos já estava pronto e os acontecimentos acabaram por dar razão às teses. “Fomos o primeiro partido a dar ouvidos às ruas e querer responder. Mas, tudo virou disputa política e, graças à oposição e manipulação da mídia, o foco voltou-se para a presidente Dilma. No entanto, a tentativa só fez fortalecer os partidos aliados ao governo”.

Os avanços sociais proporcionados, nos últimos anos, para as classes mais baixas, a mobilidade social, com a retirada de milhões da linha da pobreza, políticas públicas foram citados. Mas, o presidente nacional reforçou que é preciso avançar mais para se obter o progresso social que o Brasil necessita, que é garantir saúde e educação para todos.

Colocação, inclusive, aplaudida por todos os conferencistas, que acreditam que o país pode crescer mais. “Por isso, não podemos permitir o retrocesso de ver os tucanos de volta ao poder. Temos um importante embate em 2014 e precisamos conquistar outra vitória para o povo”. Segundo Renato, a menos que surja uma terceira opção, que defenda os interesses dos cidadãos brasileiros, a reeleição de Dilma é a única coisa capaz de garantir isso. “O modelos deles é apenas em benefício próprio, com o enriquecimento da minoria”.

Finalizando, o presidente nacional do PCdoB afirmou que, para dar passos adiante no rumo do desenvolvimento, é indispensável a coalisão obtida até aqui, com um bloco homogêneo das forças de esquerda, com um campo amplo e bandeiras mais consequentes em torno da reforma política macroeconômica.

De Salvador,
Maiana Brito