Professores paraguaios saem às ruas em segundo dia de protestos
No Paraguai, os sindicatos de professores, junto a organizações camponesas, realizam nesta quarta-feira (2) seu segundo dia consecutivo de protestos contra os descontos salariais a educadores e contra uma lei privatizadora de empresas estatais.
Publicado 03/10/2013 09:59
Após encerrar a mobilização na terça-feira (1º/10) com uma concentração em frente à residência presidencial, os manifestantes retomaram um dia depois seu repúdio público com outra passeata que percorre o centro desta capital.
As principais reivindicações pleiteadas por eles são: a devolução dos valores descontados dos salários de setembro dos educadores pelos dias de greve em agosto e a suspensão da lei de Aliança Público-Privada.
Os professores enfatizam a ilegalidade do desconto salarial e agregam que foram feitos de forma irregular, chegando ao extremo de não ser uniforme a porcentagem deduzida de seus pagamentos pela falta de controle do ministério de Educação nessa operação.
Por sua vez, os sindicatos nacionais e a Federação Nacional Camponesa fazem sentir com bloqueio de vias e outras atividades seu descontentamento com o que qualificam como abertura descontrolada ao investimento privado no setor estatal da economia.
Mesmo o presidente Horacio Cartes tendo assegurado que não tem intenção de privatizar empresas do Estado, os opositores à medida, atualmente pendente apenas da ratificação pela Câmara de Deputados, propõem que isso está camuflado por trás da figura de concessão.
Os bloqueios intermitentes em algumas das principais estradas do país foram registrados hoje inicialmente nos departamentos de São Pedro e Concaição, dois dos três militarizados no norte paraguaio.
Em Conceição, foram feitas reclamações especiais contra a presença da polícia nas escolas para identificar os professores grevistas por se considerar que essa não é a função da força pública.
Fonte: Prensa Latina