Governo dos Estados Unidos atravessa o segundo dia de Shutdown

Estados Unidos entrou nesta quarta-feira (2) em seu segundo dia de paralisia governamental ou "shutdown", sem que até agora os legisladores democratas e republicanos deem sinais de acordo sobre uma lei temporária de despesas.

Por isso o presidente Barack Obama, que acusou na terça os republicanos de serem responsáveis pelo fechamento do governo ao tratar de impor uma "cruzada ideológica" para atacar sua proposta de lei para a saúde, realizará uma série de eventos nesta semana para explicar e ilustrar as consequências do shutdown.

Segundo destacam meios de comunicação digitais americanos, o mandatário se reunirá nesta quarta-feira com altos executivos de empresas, com o propósito de forçar seus adversários políticos a um pacto que outorgue os fundos necessários para a reativação do governo, sem afetar a Lei apelidade de Obamacare, parte da qual entrou em vigor na terça.

A primeira paralisação federal em 17 anos começou com a possibilidade de que mais de 800 mil servidores federais fiquem excedentes e sejam mandados para casa sem retribuição alguma.

Os membros da Câmera de Representantes, controlada pelos republicanos, discutiram ontem a iniciativa reabrir por partes determinadas agências federais, que continua sem o apoio democrata.

Segundo foi divulgado, a Câmera baixa apresentou três pacotes de medidas encaminhadas a reativar as atividades em parques nacionais e o financiamento do Departamento de Assuntos dos Veteranos, bem como o distrito do governo de Columbia.

A Casa Branca rapidamente ameaçou vetar os projetos de lei de financiamento conta-gotas.

Os democratas no Senado fazem questão de que a Casa dos Representantes aprove sua proposta que estende por seis semanas os fundos para as operações governamentais.

Enquanto isso, os republicanos insistem em submeter ao voto medidas parciais para financiar parte das operações da burocracia federal.

Observadores alertaram que os Estados Unidos enfrentam uma crise política em dois tempos, marcada pela dupla negativa dos republicanos de impedir o fechamento parcial do governo no final do ano fiscal 2013 em 30 de setembro.

Como consequência imediata não há financiamento para o começo do ano fiscal de 2014 (a partir de 1º de outubro).

Em 1996 os republicanos realizaram manobra idêntica contra o então presidente Bill Clinton e o shutdown durou 21 dias.

Fonte: Prensa Latina