Nicolás Maduro expulsa diplomatas norte-americanos da Venezuela 

"Pedi ao chanceler Elias Jaua que proceda de imediato para expulsar os três diplomatas. Eles têm 48 horas para deixar o país", disse Maduro durante um ato do governo no estado de Falcón.
Em um discurso enfático, o presidente exigiu a retirada dos estadunidenses: “’Yankees, go home’. Fora da Venezuela”. Segundo ele, a decisão foi baseada em uma investigação de vários meses: “Detectamos que um grupo de funcionários da embaixada dos Estados Unidos se reuniu com a extrema direita, para financiá-lo e apoiá-lo em ações de sabotagem elétrica e na área econômica do país. Tenho provas em minhas mãos”, declarou.

A rede pública de televisão do país divulgou supostas provas contra os diplomatas que, de acordo com a emissora, teriam se reunido com membros de partidos e dirigentes da oposição para planejar “ações desestabilizadoras” e “avaliar as estratégias” para as próximas eleições para prefeito, que serão realizadas em dezembro.

No dia 3 de setembro, uma falha elétrica deixou cerca de 70% do território venezuelano sem luz por várias horas. Nos últimos meses, a escassez de alimentos e outros produtos também aumentaram. Maduro considera ambos os fatos como “sabotagem” da oposição.“Não vamos permitir que um governo imperial traga dinheiro para ver parar as empresas básicas e para apagar toda a Venezuela”, acrescentou o mandatário.

Essa é a segunda vez no ano que o governo da Venezuela expulsa diplomatas norte-americanos. Em 5 de março, horas antes do falecimento de Hugo Chávez, o governo expulsou dois adidos militares da representação diplomática pelos mesmo motivos alegados ontem.
Na semana passada, Maduro decidiu não participar da 68ª Assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, em protesto por conta da negativa que o governo venezuelano recebeu para sobrevoar o espaço aéreo de Porto Rico em uma viagem à China.

Da redação do Vermelho,
Com informações da AFP, EFE, Agência Brasil e AVN