Para Rússia acordo de Genebra é base para resolução sobre Síria
O ministro de Assuntos Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, reafirmou o principio de que a resolução sobre a Síria no Conselho de Segurança da ONU deve fundamentar-se no acordo marco de Genebra, referendado pelos Estados Unidos, em recentes conversações bilaterais. A declaração foi feita em entrevista ao jornal Washington Post nesta quarta-feira (25).
Publicado 26/09/2013 07:00
Lavrov disse que no encontro realizado também na quarta-feira com o secretário norte-americano de Estado, John Kerrry, ambos acertaram que as partes seguiriam essa linha de entendimento no projeto de resolução do organismo mundial, em fase de discussão.
O chanceler russo insistiu em que o governo da Síria cumpra estritamente o estipulado pelas normas internacionais quanto às armas químicas, em virtude da iniciativa de Moscou, que foi base das negociações feitas com Kerry, em 14 de setembro último, na cidade suíça, a fim de impedir uma intervenção militar estrangeira contra o país árabe, instigada pelos Estados Unidos.
O ministro russo destacou a solicitação apresentada pelo presidente Bashar al-Assad ao secretariado geral da ONU e ao diretor geral da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) de adesão da Síria à Convenção Internacional contra esse tipo de armamento de extermínio em massa.
Os passos do governo sírio mostram com clareza que este cumpre suas obrigações no marco dessa convenção, acentuou Lavrov em suas declarações ao jornal estadunidense.
Sobre o encontro com Kerry, o titular da diplomacia russa expôs que dominaram as questões relativas à preparação das disposições da OPAQ e do projeto de resolução do Conselho de Segurança, o qual deve centrar-se em um respaldo do organismo às ações da organização internacional, ressaltou.
O plano acordado, e concertado inclusive com a parte síria, supõe a eliminação completa de todo o arsenal químico existente na Síria, levando em conta a possibilidade de que a oposição possa ficar em posse de componentes dessas substâncias proibidas, segundo o chanceler russo.
Supõe-se que o projeto de resolução seja aprovado no Conselho de Segurança, uma vez que o comitê executivo da OPAQ adote o plano de ações.
Na opinião do ministro russo, o principal papel no tema recai sobre a organização internacional pertinente.
Prensa Latina