Farc-EP propõem o fim da criminalização de movimentos políticos

Nesta terça-feira (17), a delegação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP) levantaram a possibilidade de proibir a criminalização dos movimentos sociais e políticos e populares, argumentando que o direito à subversão deve ser assegurado. As Farc e o governo colombiano participam da 14ª rodada de negociações em Havana (Cuba) e discutem agora o segundo ponto da agenda dos diálogos de paz.

Farc - Dom Total

Segundo os negociadores da guerrilha, a subversão deve ser vista como uma ferramenta para questionar a ordem capitalista e exercer oposição às políticas do governo. Neste contexto, o grupo guerrilheiro defende que não se estigmatize os movimentos, proscrevendo a criminalização deste direito. 

"Atuações neste sentido por parte de funcionários públicos de alto nível, assim como dos meios de comunicação, merecerão especial atenção e estarão submetidas ao controle social e fiscalização do cidadão, sem prejuízo de qualquer ação legal que possa surgir", declarou a comissão das Farc por meio de um comunicado lido por Marcos León Calarcá.

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Esta iniciativa forma parte de um grupo de propostas apresentadas pelo grupo insurgente sobre a cultura política para a participação, a paz e a reconciliação nacional. As Farc pediram também a proibição do tratamento militar para a manifestação social e popular, além da inativação do Esquadrão Móvel Antidisturbios (Esmad). Sugeriram ainda o avanço em direção a uma cultura política democrática e participativa.

Segundo leu Calarcá, isso supõe recuperar o valor e o significado da política, e retirá-la do desprestigio ao qual foi submetida pela maioria dos partidos e dos políticos da Colômbia. "Para este fim, os processos devem promover a formação, educação e comunicação nos domínios político, econômico, social, ambiental e cultural", acrescentou.

Da redação do Vermelho,
Com informações da Telesur