Kerry e Lavrov retomam debate sobre plano para a Síria
Negociações entre o chanceler russo, Serguei Lavrov, e o secretário de Estado norte-americano John Kerry serão retomadas nesta sexta-feira (13), em Genebra, na Suíça. O objetivo é alcançar um acordo sobre a entrega do arsenal químico da Síria à supervisão internacional e o afastamento da intervenção militar, agressão que tem sido promovida pelos EUA, pelo Reino Unido e pela França, sem mais apoio de outros países europeus ou mesmo da Organização para o Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Publicado 13/09/2013 09:40
Antes de uma reunião inicial nesta quinta-feira (12) à noite, ainda fica claro que desacordos significativos estão sobre a mesa, e a retórica intervencionista não foi eliminada.
A Rússia, assim como a China, entre os cinco membros do Conselho de Segurança, têm defendido uma solução política ao conflito no país desde a sua eclosão, em 2011.
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Nesta quinta, o presidente Assad afirmou que “os EUA precisam parar de nos ameaçar e de fornecer armas ao terroristas”, em entrevista à emissora russa Rossiya 24. Assad disse ainda que só a Rússia poderia fazer o acordo acontecer, já que “a Síria não tem contato nem confia nos EUA”.
O presidente Assad disse, na entrevista, que está disposto a cooperar neste sentido, por influência da Rússia, na busca por uma solução política, e não pelas ameaças feitas pelos EUA.
Ele confirmou que a Síria enviou documentos relevantes à Organização das Nações Unidas como parte do processo para a assinatura da Convenção sobre Armas Químicas. De acordo com o presidente, um mês após assinar a convenção, seu governo enviará informações sobre o seu arsenal.
Ainda na quinta, o chanceler russo desenhou três fases principais para a proposta: a Síria assinará a Convenção sobre Armas Químicas; a Síria revelará onde estão armazenadas suas armas químicas e dará detalhes sobre o seu programa; especialistas decidirão sobre as medidas específicas a serem tomadas.
Um porta-voz da Organização das Nações Unidas, Farhan Haq, disse que os documentos sírios sobre seu arsenal estavam sendo processados. A convenção sobre a proibição das armas químicas, ainda não ratificada por inúmeros países, inclusive pela Síria e por Israel, exige que todas as partes declarem e destruam o arsenal químico que possuam.
Com agências,
Da redação do Vermelho