Ceará é reconhecido como Zona Livre de Aftosa com vacinação
Reunidos em Fortaleza, produtores rurais, agricultores familiares, lideranças políticas e autoridades do Estado acompanharam o anúncio oficial do Ceará como zona livre de febre aftosa com vacinação. O reconhecimento veio após intensivas campanhas de vacinação, que resultaram em altos índices de vacinação conforme requerido pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Publicado 03/09/2013 20:38 | Editado 04/03/2020 16:27
A solenidade aconteceu na última terça-feira (03/09), durante a abertura do XVII PEC Nordeste, no Centro de Eventos do Ceará (CEC). “Esse é um momento que vai ficar na história dos pecuaristas do Ceará. O mérito é deles. Lutamos muito para que esse dia chegasse”, comemorou o governador Cid Gomes.
Em 2012, o Ceará bateu todos os recordes e vacinou 93,99% do rebanho. Na primeira etapa deste ano, um novo recorde foi quebrado e 94,62% dos animais foram imunizados. Outros fatores também foram essenciais para essa conquista. O Governo do Estado investiu na reestruturação da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri). Foram criados 20 novos escritórios (passando de 20 para 40) e seis escritórios regionais da Adagri, órgão responsável pela sanidade animal e vegetal no Estado. De acordo com o senador Eunício Oliveira, a agropecuária é um setor crucial no desenvolvimento do Ceará e do Nordeste. "Tem sido um trabalho incessante do governo do Estado no setor agropecuário, tanto agricultura familiar quanto agronegócio”. O Ceará, segundo o Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Antônio Andrade, é o estado mais organizado em relação ao semiárido. A presidenta Dilma Rousseff tem demonstrado muito dedicação ao Nordeste e suas adversidades. E o Ceará, além do próprio dever de casa, pode auxiliar outros estados no país”, afirmou.
O Governo também autorizou a contratação de 40 veterinários, 21 agrônomos e 79 agentes agropecuários. Um convênio com o MAPA possibilitou a compra de novos veículos e equipamentos para as unidades na capital e no interior. O maior desafio agora, concluiu o Governador, é avançar no modo de produção rural. “Estamos empregando métodos que podem dobrar a produção de leite no Estado nos próximos 5 anos. 7% do nosso PIB advém do meio rural, seja agricultura ou pecuária. Por isso nossa dedicação tem que ser intensa”.
Mesmo com a nova certificação os produtores continuam obrigados a vacinar os animais duas vezes por ano. Mas O status de zona livre com vacinação abre as portas do mercado para os produtos locais e possibilita um incentivo a industrialização do Estado. Mas segundo o secretário Nelson Martins, “mesmo com a nova certificação os produtores continuam obrigados a vacinar os animais duas vezes por ano, para que o Brasil caminhe para o reconhecimento internacional”.
Além do Ceará, o reconhecimento nacional chega a mais sete estados: Piauí, Maranhão, Rio Grande do Norte, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, além do Estado do Pará, na Região Norte do País.
Estiveram presentes na solenidade o secretário da Pesca, Ricardo Campos; o presidente da Adagri, Francisco Augusto de Souza Júnior; o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará, Flávio de Saboya; o presidente da Assembleia Legislativa, Zezinho Albuquerque; o deputado federal Raimundo Gomes de Matos e demais autoridades.
Fonte: Governo do Estado