Número de medalhistas em matemática cresce 30%
O número de alunos da rede pública de ensino do DF que ganharam medalhas na 8º edição da “Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas” subiu 30%, em comparação com o ano passado, e 140 estudantes foram premiados, ontem, durante cerimônia no Museu da República.
Publicado 30/08/2013 09:26 | Editado 04/03/2020 16:39
“Proporcionalmente, o DF foi a unidade da Federação que teve o maior número de alunos medalhistas em todo o Brasil. Isso por que são 20 milhões de inscritos em todo o país. O resultado nos mostra como a matemática evoluiu e nossos estudantes estão aprendendo mais e têm mais conhecimento”, reforçou o coordenador da Obmep no DF, Reginaldo Ramos.
O concurso, que tem o objetivo de mostrar a importância da matéria para o futuro dos jovens e para o desenvolvimento do país, é organizado pelo Ministério da Educação e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e neste ano 17 alunos foram medalhistas de ouro, 36 de prata e 88 de bronze.
Matheus Lemos Pereira, 15 anos, foi um dos alunos do Colégio Militar de Brasília a receber a medalha de ouro e contou que pela primeira vez conquista o prêmio, depois de tentar por três anos consecutivos.
“As provas têm poucas contas e muito raciocínio lógico. Acho que tenho um talento natural para a matemática e ganhar essa medalha foi uma satisfação, porque o resultado saiu no dia da minha formatura do 9º ano”, disse o estudante do 1º ano do ensino médio.
Por mais que ele tenha habilidade com os números, o sonho é trabalhar com humanas em alguma área em que possa fazer a diferença, principalmente no que se refere a tolerância às diferenças.
“Eu quero mudar o mundo e tenho certeza que ao fazer essas provas me torno mais preparado para resolver todo tipo de problema e encontrar soluções”, complementou Matheus Lemos Pereira.
Também aluno do Colégio Militar, Daniel de Almeida Souza, 15 anos, conquistou a medalha pelo quarto ano e afirma ser um apaixonado por matemática.
“O legal dessas provas é que precisamos ir além das contas, que é uma coisa muito mecânica. Precisamos encontrar novos caminhos. Antes de começar a competir, eu nem gostava muito de matemática, mas depois de conhecer esse outro lado passei a me interessar”, enfatizou o aluno.
Para o futuro, Daniel ainda não decidiu que carreira pretende seguir. “Mas sei que quero fazer a diferença no mundo. Estou sempre buscando aprender, estudando e acredito que a matemática me ajudou muito nessa busca”, ressaltou.
HOMENAGENS
Durante a solenidade, professores e diretores de escolas também foram premiados pelo trabalho desenvolvido nas unidades com maior número de medalhistas.
O Centro de Ensino Médio 9 de Ceilândia foi um dos homenageados graças ao projeto “Matemática Todo Dia”, voltado para os alunos que fazem as provas das olímpiadas.
“Sou ex-aluna e queria que a minha escola tivesse um grande número de medalhistas. O programa começou em 2007 e já tivemos ótimos resultados. Nosso objetivo é desenvolver, de forma lúdica, uma maneira para o aluno compreender a matemática”, explicou a idealizadora do projeto, Alessandra Lisboa.
Mais de 30 participantes da iniciativa conseguiram ingressar na Universidade de Brasília para cursos como engenharia mecatrônica, ambiental e até medicina.
Atualmente, 50 alunos participam das aulas.