CNV e Comissão Camponesa da Verdade debatem violações no campo
Acadêmicos de 17 universidades mostram os andamentos de pesquisas sobre a repressão contra camponeses. O GT "Camponeses e Indígenas", da Comissão Nacional da Verdade (CNV), participa na segunda (19) e terça-feira (20) da 2ª Reunião da Rede de Pesquisadores e Pesquisadoras da Comissão Camponesa da Verdade.
Publicado 17/08/2013 13:02
Pela CNV, participam Maria Rita Kehl, coordenadora do GT, e a pesquisadora Heloísa Starling, assessora da CNV. Quatorze professores de diversas universidades do Brasil, pesquisadores do tema, estarão no encontro, que acontece no Centro de Treinamentos da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), no Núcleo Bandeirante, em Brasília.
Na reunião entre as duas comissões serão debatidos o conceito de agente repressor para a Comissão Camponesa da Verdade (CCV) e o que são consideradas graves violações de direitos humanos no campo. O encontro tem como objetivo discutir a repercussão de casos emblemáticos de repressão estudados pelos pesquisadores que resgatam a memória e verdade no campo no período de 1946 a 1988.
Na manhã do dia 19, após a abertura, a CCV e a CNV atualizarão informações sobre a rede de pesquisadores e irão debater definições conceituais de violação de direitos humanos.
No período da tarde, serão apresentados os casos em estudo, como o relatório de violações no campo apresentado por Gilney Viana, coordenador do Projeto Memória e Verdade da Secretaria de Direitos Humanos. No dia 20, a reunião irá discutir sobre o documento final a ser apresentado pela CCV, o andamento das pesquisas e sugestões de casos para estudo da CNV.
No primeiro dia, Maria Rita apresentará um relatório parcial, a partir das informações colhidas sobre os desaparecidos da Liga Camponesa de Sapé, Pedro Fazendeiro e Nego Fuba.
Um ato em memória aos 30 anos do assassinato da líder camponesa Margarida Maria Alves, primeira sindicalista brasileira a lutar pelos direitos trabalhistas no estado da Paraíba durante o período da ditadura militar, acontece na noite do dia 19. O evento será realizado pela Contag em parceria com a marcha das Margaridas e a CCV, às 18h30, no Centro de Estudos Sindical Rural (Cesir).
A CCV tem como proposta acompanhar e subsidiar o trabalho da Comissão Nacional da Verdade de reconstrução da memória e verdade sobre a resistência camponesa no período de pesquisa abrangido pela Comissão (1946-1988) e é composta por representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a Contag, Plataforma Dhesca, Comissão Pastoral da Terra e Movimento de Mulheres Camponesas em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos (SDH).
Fonte: Página da Comissão Nacional da Verdade