Comandante da Revolução Cubana, Fidel Castro completa 87 anos
O líder histórico da Revolução Cubana e ex-presidente Fidel Castro completa 87 anos nesta terça-feira (13), com mensagens de felicitação de diversos cantos do globo. Vários líderes políticos congratularam o comandante, como o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, que destacou “a grandeza de suas batalhas, o conhecimento, a confiança e a razão do líder cubano”.
Publicado 13/08/2013 10:07
Também foram lembradas declarações do líder bolivariano e ex-presidente venezuelano Hugo Chávez, falecido em março, que disse que “depois de quase meio século de luta, Fidel pode mostrar o rosto com integridade plena e com moral absoluta, não só ao povo cubano, mas a todos os povos do mundo”.
Já o presidente do Uruguai, José Mujica, reuniu-se recentemente com o comandante cubano, e disse que “Fidel Castro é um ancião com a cabeça fresca (…). Continua sendo brilhante, sempre promotor de ideias”.
O portal Cuba Debate fez uma homenagem com fotos e menções históricas significativas, desde a Revolução Cubana e a luta acompanhada por camaradas da revolução, como Che Guevara. A matéria, “Fidel Castro visto por ilustres contemporâneos”, cita diversos autores.
O escritor Jorge Amado, por exemplo, em 1986, disse: “Porque ele nasceu do povo e em meio ao povo permanece, e por isso sua grandeza é a do povo cubano. Tudo o que fez, todas as suas ações são o reflexo das mais altas aspirações da pátria de José Martí. A paz em que creio não está e nem estará divorciada da justiça, da liberdade, da esperança de um mundo melhor, e tudo isso Fidel encarna”.
Rafael Alberti, poeta espanhol, em mensagem a Fidel, escreveu, em 1996: “As ideias como as que Fidel Castro defende não envelhecem nunca. Sigo retendo do líder cubano a imagem de um heroico homérico, tanto por seus incontáveis combates pletóricos da juventude como por sua impressionante personalidade. Fidel é a esperançada luz de um futuro mais solidário e mais justo”.
O portal cubano reproduz também a declaração de um ex-senador democrata dos Estados Unidos, George McGovern, publicada em 1982: “(…) ainda não estou de acordo com tudo o que fez [Fidel] e, pessoalmente, não sou comunista; não obstante, admiro a sua direção e considero que é um dos líderes mais importantes do mundo de hoje. Certas imprensas internacionais trataram de desfigurar a imagem de Fidel, mas nem sempre creio em tudo o que diz a imprensa internacional. Também Ho Chi Min foi vituperado muito pela imprensa. Uma vez conheci ao presidente Castro, e minha opinião sobre a sua capacidade realmente foi elevada”.
Em outro sentido, Adolfo Pérez Esquivel, argentino laureado com o Prêmio Nobel da Paz, em 2000 dirigiu-se à Tribuna Aberta Internacionalista, em Havana, e disse: “O povo cubano e Fidel Castro estão nos oferecendo o seu coração, sua vida, tudo, e eu creio que isso é um exemplo maravilhoso de vida, integridade, e temos que seguir unidos, seguir lutando, porque a luta não terminou”.
Alice Walker, escritora norte-americana, afirmou, em um documentário de 2001, de Estela Bravo ("Fidel"): "“É uma sequoia, velha árvore gigante que, enquanto outras foram cortadas, ele segue em pé, e estão desesperados para fazer o corte final. E então, não teremos ninguém como ele. Teremos outras pessoas maravilhosas e nós mesmos, seremos o que teremos que ser, mas ele é uma inspiração".
Em 1960, no Jornal da Revolução ("Periódico de la Revolución"), o poeta chileno Pablo Neruda escreveu: "Cuba é, neste momento, a esperança de todo um século de falsa independência, e esperamos que conquiste e implante a sua própria justiça. Aquele que não estiver com Cuba, com a sua revolução, com Fidel Castro, está do outro lado, da ignomínia e da traição. Se a Revolução Cubana se extinguisse, seríamos apagados do quadro do mundo".
E Juan Bosch, escritor e ex-presidente da República Dominicana, disse, em 1978: “Fidel Castro não caiu do céu. Ele encarna o último episódio de um processo político que está em ascensão. A América latina ofereceu três gênios políticos: Toussaint Louverture, Simón Bolívar e Fidel Castro; e devo dizer que é muito a oferecer, porque os gênios políticos não surgem assim, do nada".
"Humboldt havia previsto parte disso quando, no começo do século 19, depois de uma volta pela América, comentou que os dois lugares mais politizados eram Caracas e Havana, ou seja, Venezuela e Cuba. Estamos em meio a uma ruptura histórica, de mudança de uma sociedade por outra, como ocorreu quando o capitalismo substituiu o feudalismo; quando o feudalismo substituiu a escravidão. Por estramos nesta ruptura histórica, os norte-americanos equivocaram-se com Fidel; também se equivocaram com Ho Chi Minh e seguirão se equivocando mais, mais e mais”, conclui Bosch.
Com Cuba Debate,
Da redação do Vermelho