Lobby sionista promove medidas contra o Irã nos Estados Unidos
O Instituto de análise política ‘Loob Lag’ considera a recente carta dos senadores estadunidenses dirigida ao presidente Barack Obama, destinada a endurecer as sanções anti-iranianas, como uma medida adotada sob a pressão do lobby sionista nos Estados Unidos.
Publicado 10/08/2013 07:51
Em seu artigo publicado na última sexta-feira (9), ‘Loob Lag’ explica que os senadores pró-israelenses Robert Menendez e Lindsey Graham e o Comitê de Assuntos Públicos entre os Estados Unidos e o regime de Israel (AIPAC, na sigla em inglês) estimularam outros senadores a assinar a citada carta.
A fonte indica que não é a primeira vez que os senadores estadunidenses tomam tal decisão contra um novo presidente iraniano para satisfazer as demandas dos israelenses, e que a “diplomacia de cartas” é um cenário repetido.
“O governo do ex-presidente reformista iraniano Mohamad Khatami também experimentou duras sanções. Em 19 de agosto de 1997 e apenas uma semana depois que Khatami assumiu o cargo, o então presidente estadunidense Bill Clinton proibiu todas as atividades comerciais das empresas norte-americanas no Irã”, recorda.
“Estas sanções geraram vários obstáculos para o governo de Khatami e evitaram que se encontrasse uma solução para as questões relacionadas ao programa de energia nuclear de Teerã. A situação tampouco mudou para o presidente Mahmud Ahmadinejad. Depois de sua eleição em 2005, o Congresso aprovou várias cartas, projetos de leis e resoluções contra o Irã”, acrescenta.
O artigo assinala que o AIPAC segue de perto os senadores estadunidenses que se abstêm de assinar as cartas contra o Irã e neste sentido recorda que quando Chuck Hagel foi nomeado como secretário da Defesa dos Estados Unidos, foi objeto de uma onda de críticas por sua negativa a assinar as resoluções aprovadas pelo AIPAC.
‘Loob Lag’ afirma por fim que seria “ridículo” se Obama se render desta vez perante o Congresso e perder a boa oportunidade criada pelo novo mandatário persa, Hassan Rohani, que defendeu o diálogo e a melhoria das relações de Teerã com o mundo.
Na semana passada, 76 senadores estadunidenses pediram a Obama para endurecer as sanções contra o Irã alegando que a janela da diplomacia "está chegando ao fim" e que "o Irã utilizou as negociações no passado para ganhar tempo".
Os Estados Unidos, o regime de Israel e alguns de seus aliados europeus acusam o Irã de que poderia tentar desenvolver a tecnologia nuclear com supostos fins bélicos, e se fundamentam nesse pretexto para impor duras sanções unilaterais contra o governo de Teerã.
O Irã, por sua vez, além de rechaçar estas alegações, defende seu direito a desenvolver a tecnologia nuclear com fins pacíficos como Estado membro da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e signatário do Tratado de Não Proliferação (TNP).
Hispan TV