Esquerda do Paraguai critica perdas sociais com novo governo
A Frente Guasú, coalizão de partidos políticos e organizações sociais, afirmou que os problemas sociais estão se agudizando no Paraguai, e criticou a gestão governamental de Federico Franco, presidente paraguaio desde a destituição do presidente Fernando Lugo, em 2012. Uma declaração da Frente assinalou que o Executivo negligencia setores sociais sumamente sensíveis a toda a cidadania, com os quais o governo anterior, de Lugo, havia logrado avanços importantes.
Publicado 31/07/2013 09:59
A má gestão na área da educação intensifica o conflito com os sindicatos de professores, que defendem reivindicações legítimas, de acordo com a Frente, que agregou a sua solidariedade ativa com as denúncias dos docentes em greve.
Para a esquerda, o protesto existente reivindica o direito legítimo dos professores à bonificação por tempo de trabalho, a equiparação ao salário mínimo no tocante à aposentadoria e outras reivindicações justas.
Ao referir-se ao programa Tekoporá de ajuda a famílias humildes, criado durante o governo de Fernando Lugo, a Frente assinalou que a atual administração deve explicar o que faz com o orçamento destinado a ele, pois os beneficiários denunciam uma dívida de até oito meses.
“Devem explicar o que foi feito com mais de três milhões de dólares recebidos como doação há dois meses, e dirigidos à garantia dos pagamentos correspondentes aos programas sociais”, sublinhou.
A Frente qualificou de “esbanjamento de recursos” o que terminou esvaziando as reservas do Estado, impedindo de cumprir compromissos e endividando o país com a emissão dos chamados “bônus soberano”, do Tesouro Nacional, sem explicação do dinheiro produto dessas operações.
A esquerda paraguaia criticou o presidente eleito, Horacio Cartes, por pedir compreensão aos setores afetados, enquanto se negocia o rechaço ao imposto para os grandes agroexportadores, em cumplicidade com uma minoria social privilegiada.
Finalmente, a Frente Guasú disse que acompanhará as mobilizações populares que reivindicam a defesa dos direitos obtidos e a justiça social, e exigem ao governo aclarar o destino de enormes recursos misteriosamente desaparecidos
Fonte: Prensa Latina
Tradução da redação do Vermelho