Farc reafirmam vontade de deter o conflito em prol dos diálogos

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP) afirmaram, nesta terça-feira (30), na capital cubana, Havana, que querem deter a guerra, mas que o governo as obriga a manter a confrontação. As equipes da insurgência e do governo participam, nesta terça, em outra jornada de diálogos de paz, que têm Cuba e Noruega no papel de facilitadores e Venezuela e Chile como observadores.

“É uma situação que está mais nas mãos do governo, do que nas nossas”, disse à imprensa o membro da delegação insurgente para as conversações, Ricardo Téllez, no Palácio de Convenções de Havana, sede permanente das negociações.

Recordou que a guerrilha avaliou a questão de um cessar-fogo bilateral, uma trégua bilateral, mas o Executivo não a aceitou.

“Infelizmente, continuam sendo mortas pessoas dos dois lados, e lamentamos essa situação”, disse o membro da equipe guerrilheira em um diálogo acolhido por Cuba desde o último novembro.

Por outro lado, Téllez disse que tempo empregado nas negociações é o que o processo necessitar, e a insurgência atua sem as pressões das eleições sobre si.

Sobre a situação na região colombiana de Catatumbo, assegurou que as Farc-EP dão apoio moral aos habitantes e compartem as justas reclamações desse povo.

“Não é um segredo que as zonas de reserva campesina podem ser constituídas legitimanete, o governo nega-se, e o tratamento que seu deu ali é à bala”, ressaltou Téllez, ao referir-se aos protestos.

A agenda das conversações em Havana inclui, além do tema agrário, já discutido pelas partes, e a participação política, em discussão, outros aspectos como a atenção às vítimas, o problema do narcotráfico e o fim do conflito armado.

Fonte: Prensa Latina
Tradução da redação do Vermelho