Líder do PC colombiano agradece contribuição cubana à paz

O secretário geral do Partido Comunista Colombiano, Jaime Caycedo, agradeceu a Cuba "sua valorosa atitude" como mediadora no processo de paz entre o Governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército Popular (Farc-EP).

O líder político participou na sexta-feira (26) de um ato no Congresso da República pelo Dia da Rebeldia Nacional cubana, e reiterou sua solidariedade e apoio à nação caribenha, "à Cuba da liberdade, da paz, que perfila o futuro socialista e democrático da América Latina".

"Enviamos nosso reconhecimento pela atitude galharda do governo revolucionário cubano de agir como facilitador na busca de uma saída pacífica e democrática para a paz em Colômbia, paz com justiça, de abertura à vida e às novas condições de igualdade que aspira nosso povo," disse.

Ao exaltar o trabalho de Cuba como mediador nos diálogos, instalados em Havana em novembro de 2012, apontou que este acompanhamento é "uma garantia de que um processo como o colombiano tem em Cuba um lugar, um lar, um espaço para desenvolver-se".

Mas este processo, acrescentou, "não se conseguirá facilmente, há contradições muito profundas e problemas essenciais que ainda sendo discutidos em Havana só podem ser resolvidos em nosso país, na unidade do povo para conseguir que as partes não se levantem da mesa".

Caycedo destacou como em Cuba "se desenhou no meio de todas as dificuldades um horizonte de transformações e de mudança que segue sendo um paradigma para nosso continente".

Ao se referir à situação atual colombiana, apontou que o país está à beira de mudanças e transformações muito profundas e citou como exemplo a batalha, nas últimas semanas, de manifestações sociais que se dão em regiões tão duramente castigadas pelo abandono e pela desigualdade, como Catatumbo, Chocó ou Putumayo.

A ideia do governo colombiano de estabelecer convênios com a Otan no meio de um processo de paz, opinou, parece-nos um despropósito contrário a todo espírito de irmandade e de identidade latino-americana.

"É necessário entender que o povo colombiano não apoia em absoluto propósitos que ponham em perigo a estabilidade e coexistencia pacífica de nossos países," expressou.

De jeito nenhum nosso solo será plataforma de agressão contra nenhum povo da América Latina e estamos para responder ante quem querem torcer o destino patriótico de nossos povos, assinalou.

Fonte: Prensa Latina