Ministério do Turismo de Cuba apresenta desenvolvimento do setor
O Ministério do Turismo de Cuba, através da Embaixada cubana no Brasil, realizou uma apresentação, nesta sexta-feira (12), em São Paulo, sobre a projeção, o desenvolvimento e a importância do turismo na ilha. O ministro do Turismo cubano, Samuel Marrero Cruz, explicou o investimento no setor, cujo desenvolvimento é importante não apenas para a economia da ilha, mas também para a integração do povo cubano com o resto da América Latina.
Publicado 12/07/2013 11:53
“Logo após o triunfo da Revolução Cubana, em 1959, criou-se o Instituto Nacional de Indústrias Turísticas, cujo primeiro presidente foi o comandante-em-chefe Fidel Castro, o que demonstra a importância dada desde então ao nosso turismo”, disse o ministro.
De acordo com Cruz, a infraestrutura tem sido objeto de importante desenvolvimento em Cuba, em função do turismo, baseado em uma preocupação fundamental com a sustentabilidade e a proteção ambiental.
O ministro também fala da importância do investimento estrangeiro no setor turístico de Cuba, um projeto previsto na política de atualização do modelo econômico da ilha. Por isso, fez uma apresentação das principais redes hoteleiras e de restaurantes que investem em Cuba. A participação das empresas estrangeiras é cotada em 27% das empresas mistas do país.
“Imerso na atualização do modelo econômico cubano, o setor do turismo encontra-se em um processo de aperfeiçoamento e desenvolvimento, com o objetivo de diversificar a sua oferta”, disse Cruz. Por isso, além das praias, também tem se investido em cidades patrimoniais históricas.
Em 1961, os Estados Unidos rompem relações com Cuba, o que provocou que o turismo internacional na ilha caísse abruptamente, tendo em conta que 90% dos turistas que visitavam o país eram estadunidenses, diz o ministro. Por isso, a atividade foi reorientada, à altura, ao público nacional.
A partir de então, “o turismo cubano teve que se desenvolver apesar do férreo bloqueio imposto pelos EUA contra Cuba”. O país é o único do mundo ao qual os turistas norte-americanos não podem viajar livremente, lembra o ministro.
Para a valorização da cultura cubana, o princípio do Ministério é: “promovemos o turismo como somos: cem por cento cubanos, cem por cento autênticos”, disse o ministro. E neste sentido, fala da importância deste setor na integração latino-americana, embora em 2012 apenas 16.000 brasileiros tenham visitado a ilha, “o que precisa ser melhorado”, disse.
Cuba tem conexão com 51 cidades do mundo. Na América do Sul, os destinos que a empresa aérea Cubana de Aviación alcança são Caracas (Venezuela), Bogotá (Colômbia), Buenos Aires (Argentina) e, desde esta quinta-feira (11), São Paulo.
Sobre a aproximação entre Cuba e Brasil através do turismo, o ministro disse ter trazido ao país uma delegação de presidentes de redes hoteleiras, de linhas aéreas, restaurantes e outros para uma série de reuniões em que as parcerias bilaterais serão discutidas. “Cuba e Brasil, filhos da pátria grande, a América Latina, são irmãos que constroem pontes para estreitar laços”, afirmou.
Por Moara Crivelente, da redação do Vermelho