Centrais convocam trabalhadores para manifestações nesta quinta

Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (10) – véspera do Dia Nacional de Luta – no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo, representantes das centrais sindicais falaram sobre os preparativos das paralisações e manifestações programadas para esta quinta-feira (11).

Coletiva de Imprensa - Barão - Felipe Bianchi/Barão de Itararé

Os dirigentes conclamaram os trabalhadores para participarem das atividades, que ocorrerão em todo o país. Em São Paulo, o principal ato ocorrerá no vão do Masp, na Avenida Paulista, com concentração ao meio dia, onde os manifestantes marcharão até a praça da República, no Centro.

A mesa contou com a presença do vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nivaldo Santana; do presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas; do diretor executivo da Força Sindical, Claudio Prado; do presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Ubiraci Dantas; e do presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Neto. O debate foi mediado pela jornalista Rita Casaro, represente do Centro de Estudos Barão de Itararé.

Um dos principais assuntos debatidos no encontro, que foi transmitido ao vivo pela TVT, foi sobre a democratização dos meios de comunicação e de como “furar” o oligopólio midiático. Os dirigentes criticaram a atuação do ministro da comunicação, Paulo Bernardo, que, para Ubiraci Dantas presta um “desserviço” para a população. Vagner Freitas avaliou que foi um equivoco do governo não ter enfrentado o monopólio midiático.

Outro aspecto abordado na coletiva foi sobre as centrais se unirem em uma pauta única para as mobilizações deste 11 de julho, data em que as primeiras mobilizações começaram.

O vice-presidente da CTB, Nivaldo Santana destacou a importância da cobertura da mídia alternativa e alertou que a jornada não vai servir como “massa de manobra” da grande mídia para as forças conservadoras usarem a seu favor. O presidente da CUT, Vagner Freitas anunciou que ocorrerão atividades nas fábricas na região do ABC, na grande São Paulo e afirmou que “a manifestação é pela pauta da classe trabalhadora e isso só se faz com luta”.

Ao serem questionados sobre a demora das centrais e dos movimentos sociais progressistas para aderirem às manifestações, o diretor executivo da Força Sindical esclareceu que as reivindicações do dia de luta são antigas e as manifestações nunca pararam e completou, “temos a certeza de que o país será outro a partir de amanhã”, por sua vez, Ubiraci Dantas lembrou que desde o governo Lula houve a valorização do salário mínimo, uma conquista dos trabalhadores.

Os sindicalistas disseram que a expectativa é de que o governo escute as demandas dos trabalhadores e vislumbraram que esta paralisação poderá ser um dos maiores eventos da história do movimento sindical brasileiro.

Pela democratização da mídia

O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), convocou os manifestantes para participarem de uma ato na sede da Rede Globo em São Paulo, a partir das 17 horas. Segundo eles, serão disponibilizados ônibus para levarem os interessados, que partirão da Praça da República, no Centro. 

Da Redação do Vermelho,
Érika Ceconi