União Africana suspende o Egito após a remoção de Mursi do poder
A União Africana suspendeu o Egito de todas as suas atividades após a destituição do presidente Mohammed Mursi, de acordo com informações publicadas nesta sexta-feira (5) por uma fonte oficial da organização. O seu Conselho de Paz e Segurança “decidiu suspender a participação do Egito das atividades da UA até que seja restituída a ordem constitucional”, de acordo com a declaração oficial.
Publicado 05/07/2013 16:05
O bloco panafricano reuniu-se nesta sexta na sede da UA, na capital etíope Adis Abeba, para discutir a crise política no Egito, após a remoção de Mursi do governo pelo Exército, nesta quarta-feira (3).
“O conselho reitera a condenação da UA e a rejeição a qualquer tomada ilegal do poder”, lê-se na declaração. “A derrubada de um presidente eleito democraticamente não está em conformidade com as provisões relevantes da constituição do Egito, e por isso cabe na definição de uma mudança inconstitucional do governo”.
Durante a reunião, o chefe da Comissão da UA, Nkosazana Dlamini-Zuma, sublinhou a “posição de princípios” da organização sobre tais mudanças de governo.
Entretanto, Mohamed Edrees, o embaixador egípcio para a UA, referindo-se à decisão, disse que “a voz e a reivindicação de dezenas de milhões de egípcios devem ser ouvidas, entendidas e respeitadas”.
Edrees, falando antes da suspensão, nesta sexta, disse que o Egito queria manter seu papel na União Africana e “continuar a formar parte desta família”. “O papel militar é o de apoiar o povo, seu papel não é o de instigar um golpe”, adicionou.
O bloco já havia suspenso outros membros anteriormente pela violação do seu princípio contra mudanças de governo inconstitucionais. O caso mais recente aconteceu em março, quando a UA suspendeu a República Centro-Africana depois de grupos rebeldes terem tomado o poder. Madagascar e Guiné-Bissau também estão suspensos.
Fonte: Al-Manar
Tradução da redação do Vermelho