Ato pede julgamento dos assassinos de Colombiano e Catariana

Militantes do PCdoB, de movimentos sociais e dirigentes sindicais promoveram, na manhã desta sexta-feira (28/6), um protesto em frente ao Fórum Ruy Barbosa, em Salvador, para pedir celeridade no julgamento dos acusados da morte do ex-tesoureiro do Sindicato dos Rodoviários, Paulo Colombiano, e da mulher, Catarina Galindo. O ato contou, também, com a presença de familiares e amigos do casal.

A manifestação foi realizada um dia antes de o episódio completar três anos – o crime aconteceu em 29 de junho de 2010. Colombiano e Catarina voltavam para casa, no bairro de Brotas, quando o carro onde estavam foi interceptado por motoqueiros que dispararam contra eles.

As investigações da polícia apontaram que o mando do crime foi feito pelo proprietário da empresa de plano de saúde Mastermed, Claudomiro Cesar Ferreira Santana, que prestava serviço ao Sindicato dos Rodoviários. A descoberta de uma fraude milionária no contrato teria sido o motivo do assassinato.

Para executar o plano de “queima de arquivo”, Claudiomiro contou com a ajuda do irmão, Cassio Antonio Cerqueira Santana, e dos funcionários Wagner Luis Lopes de Souza, Edilson Duarte de Araújo e Adailton Araújo de Jesus. Os cinco acusados foram presos em maio do ano passado, mas permanecem em liberdade, aguardando o julgamento.

“Estávamos fazendo pressão para exigir a prisão deles, mas não adiantou. A Justiça entendeu que eles não oferecem risco, embora a gente saiba que oferecem porque essa turma tem poder, inclusive, para intimidar testemunha. Agora mudamos nossa bandeira: pedimos o julgamento imediato para que, assim, eles sejam presos”, explicou o irmão de Catarina, Geraldo Galindo, presidente do PCdoB-Salvador.

No encontro, Galindo disse que vai encaminhar um pedido de audiência ao Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), para poder acompanhar o andamento do processo. Ele ainda sugeriu que os protestos passem a acontecer todo dia 29 do mês (em referência à data do crime), em pontos diferentes da capital, para pressionar o judiciário.

O presidente estadual do PCdoB, deputado federal Daniel Almeida, garantiu apoio à família e disse que, em nome do partido, vai solicitar a audiência com o TJ-BA e participar das manifestações mensais, sugeridas por Galindo.

“Esse grito, essa voz, da família e dos amigos, é também do PCdoB. O partido está nessa luta e não vai se acomodar. Vamos estar em todos os espaços, se preciso for, exigindo justiça”, declarou o parlamentar.

De Salvador,
Erikson Walla