Manifestantes chutarão 594 bolas em frente ao Congresso

O diretor da organização Rio de Paz, Antônio Carlos Costa , que organiza o ato, explicou que o gesto indicará que as questões levantadas pelos manifestantes em todo o País nas últimas semanas estão agora nas mãos dos parlamentares. “Vamos passar a bola para o Congresso. Queremos saber se o Congresso vai fazer gol”, afirmou Costa.

Segundo o diretor da ONG, as pessoas querem saber se o Parlamento vai legislar em benefício da população ou se vai atender a interesses de lobistas, se vai fiscalizar o Executivo e se vai desengavetar projetos de interesse da população, além do tratamento que dará ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), cuja saída do cargo é defendida por manifestantes.

Cinquenta mil pessoas são esperadas no protesto que deve ocorrer na área central de Brasília. Os manifestantes devem mais uma vez percorrer trajeto entre o Museu Nacional e o gramado em frente ao Congresso Nacional. Desta vez, a Polícia Militar ampliou a linha de contenção e restringiu, a partir do meio-dia, o acesso à Praça dos Três Poderes.

Segundo o tenente-coronel Zilfrank, chefe da Comunicação Social da PM, apesar do número maior de manifestantes esperados – dez mil a mais do que no protesto da última quinta-feira (20) -, a polícia espera um movimento com mais ordem. A PM anunciou que dotará mais medidas preventivas, como a revista de bolsas e sacolas carregadas pelos manifestantes. Dos quatro mil policiais que devem trabalhar na área, 400 serão encarregados da revista, que será feita entre a Rodoviária e o Museu Nacional.

“A gente espera que, em que pese o maior efetivo de manifestantes, haja menos desordeiros. A PM está agindo preventivamente e atuará com mais energia e menos passividade”, afirmou.
Para evitar novos danos ao Palácio do Itamaraty, como os ocorridos na última quinta-feira, a linha de contenção perto do Congresso será ampliada e terá a forma da letra “U”.

Da Redação em Brasília
Com agências