Mercosul criará base de dados regional sobre crime organizado
O governo da Venezuela afirmou nesta segunda-feira (10) que o Mercosul definiu a criação de uma base de dados conjunta para compartilhar em tempo real informação sobre crimes transnacionais como o tráfico humano e o narcotráfico.
Publicado 11/06/2013 15:39
O acordo foi alcançado na semana passada durante uma reunião em Montevidéu na qual a Venezuela assumiu a presidência temporária do Mercosul em matéria de segurança e justiça.
De acordo com o ministro do Interior venezuelano, Miguel Rodríguez Torres, "este sistema permitirá que cada membro do Mercosul possa estar conectado 24 horas, observando o movimento deste tipo de delitos e qual deles migra para seu território para ser mais eficiente no combate dos mesmos". Ainda não há informação de quando o sistema será implementado.
Torres destacou a importância de um "trabalho associado" com os demais organismos de segurança dos países do Mercosul no combate de delitos que transcendem as fronteiras territoriais.
"Há certos delitos transnacionais, como o tráfico humano, o narcotráfico, o roubo de veículos, que, sem um trabalho associado, coordenado estreitamente, com os demais organismos de segurança dos países do Mercosul, torna muito mais difícil seu combate", declarou.
"Este tipo de acordos (…) nos permitirá ser muito mais eficientes no combate destes crimes que em nosso território se traduzem em violência", acrescentou.
O ministro lembrou que a integração da América Latina era o sonho do Comandante Hugo Chávez. “Ao assumir a responsabilidade, vamos imprimir força ao processo de integração com várias iniciativas na preparação de pessoal [para combater] crimes internacionais que afetam a todos”.
Durante a presidência da Venezuela da área de segurança e justiça do Mercosul, Caracas será anfitriã em setembro de uma reunião de quadros técnicos, seguida em novembro por um encontro dos ministros de Interior dos países do bloco para "assinar acordos", antecipou Torres.
O Mercosul é integrado por Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela e Paraguai, este último suspenso desde 2012 após a o golpe de Estado que destituiu o presidente Fernando Lugo.
Com Efe