Trabalhadores da Saúde e Polícia Civil protestam hoje em SP
Os trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo, há 42 dias em greve, promovem um ato nesta terça-feira (11), no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), a partir das 14h. Depois, por volta das 15h, eles se juntarão com os policiais civis do estado, que também promovem protesto, no mesmo local, contra o não cumprimento de acordos firmados com o governo.
Publicado 11/06/2013 12:02
Na tarde de segunda-feira (10), o Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (SindSaúde-SP) se reuniu com os secretários estaduais da Saúde, Giovanni Guido Cerri, e da Gestão Pública, David Zaia. De acordo com o presidente do sindicato, Gervásio Foganholi, nada de novo foi apresentado.
"Eles mantêm o compromisso de que encaminharão uma minuta do projeto de lei que regulamenta a jornada de trabalho de 30 horas para uma parte da categoria, os que atuam no setor administrativo, assim que a gente suspender o movimento grevista. Mas essa medida só atinge 15 mil dos 70 mil na categoria. Eles aguardam o retorno do governador ao comando do Estado para checar se há algum avanço sobre o vale-refeição e discutir a recomposição salarial de algumas funções que eles concordam que houve defasagem", contou ao Vermelho Gervásio Foganholi.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) está fora, em Paris, juntamente com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), para defender a candidatura da capital paulista para a próxima edição da Expo 2020, terceiro maior evento mundial em número de turistas.
Durante o ato desta terça, os servidores serão informados sobre o andamento das negciações e serão convocados a comparecer na assembleia da categoria que será na quadra dos bancários, no centro da capital, na sexta-feira (14).
Pelo menos 400 trabalhadores do Hospital do Servidor Público Estadual deverão comparecer ao ato. A expectativa é de reunir pelo menos 2 mil pessoas. "Continuamos mobilizados e, ao que tudo indica, o governo Alckmin não fez proposta e mantém uma postura de não ceder", advertiu o delegado sindical Ivan Lima de Santana, técnico de farmácia do HSPE.
"A greve deve continuar já que nossa luta é pela reposição de perdas salariais de 32,2%, vale- refeição de R$ 26,22 e prêmio de Incentivo igual para todos, além de transparência no uso da verba FUNDES", completou o presidente do SindSaúde-SP.
Na última assembleia, na quarta (5), os trabalhadores deliberaram continuidade da greve e da ocupação da Alesp, até o governo Alckmin apresentar proposta salarial.
Deborah Moreira
Da redação do Vermelho