Maduro: Com Otan, Colômbia quer dinamitar conquistas da AL
A suposta iniciativa de incorporar a Colômbia a um organismo militar como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) atenta contra a unidade latino-americana e caribenha. A denúncia foi feita pelos governos da Nicarágua e da Venezuela. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou que "querem colocar dinamite na medula das conquistas na união da América Latina, do Caribe, da América do Sul”.
Publicado 03/06/2013 15:00
O pronunciamento dos presidentes Daniel Ortega e Nicolás Maduro ocorreu no domingo (2) à noite, durante um ato na praça da Revolução de Manágua, capital da Nicarágua.
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“Justamente quando a região procura uma maior unidade através da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), é preocupante que estejam sendo tomadas iniciativas para buscar dividir e debilitar o processo”, disse Ortega.
“É algo totalmente inadmissível e quero pensar que isso não pode estar ocorrendo. Me custa achar que o presidente Juan Manuel Santos tenha expressado a decisão de incorporar a Colômbia à Otan”, comentou o líder sandinista.
Ortega conclamou à defesa de princípios, "se queremos a paz para América Latina trabalhemos pelo desenvolvimento econômico, pelo desenvolvimento social, pela saúde, pela educação, pelo emprego, pela unidade", aconselhou.
A fortaleza não está em que nossos países comecem a se encher de bases militares extra regionais, nem em se incorporar a organizações, cujos méritos têm sido bombardear, assassinar, destruir; essa é a trajetória da OTAN que tem "uma política de continuar fazendo-o", considerou.
O anúncio sobre o tema da Colômbia na Otan cria uma suspeita; pois os povos vêm batalhando e conquistando vitórias, mas "também o império, os impérios, a tirania do capitalismo global seguem conspirando e quanto mais fortes nos veem, mais conspiram para tentar nos debilitar", expôs Ortega.
Maduro advertiu que a pretensão atribuída à Colômbia contradiz a doutrina e a legalidade internacional sobre a qual se baseia a união regional: "querem colocar dinamite na medula das conquistas na união da América Latina, do Caribe, da América do Sul", indicou.
O caminho está em manter-nos como cenário de paz, "livre de armas nucleares e livre de exércitos interventores imperiais onde se encontrem e de onde venham", o mandatário venezuelano.
Com Prensa Latina