"Somos amigos da paz na Colômbia", diz chanceler da Venezuela
O chanceler da Venezuela, Elías Jaua, ratificou nesta segunda-feira (3) o compromisso de seu governo com a paz na Colômbia, apesar das tensões derivadas da postura do presidente Juan Manuel Santos de receber o dirigente opositor Henrique Capriles.
Publicado 03/06/2013 11:52
“Somos melhores amigos do povo colombiano e da paz na Colômbia”, afirmou Jaua ao lembrar que construiu-se – na reunião em Santa Marta entre Santos e o ex-presidente Hugo Chávez, em agosto de 2010 – uma relação de respeito, cooperação mútua para o desenvolvimento dos nossos povos.
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Mas tal relação – disse – lamentavelmente foi sabotada [por Santos] ao receber um dirigente opositor que desconhece os poderes Eleitoral, Executivo e Judiciário e que é responsável político dos atos de violência realizados em abril, após o resultado das eleições, que teve como consequência o assassinato de 11 venezuelanos por serem militantes do chavismo.
Na última quarta-feira 29 de maio, o mandatário colombiano manteve um encontro com o ex-candidato à presidência Henrique Caprilles para obter – segundo autoridades venezuelanas – apoio exterior contra a Revolução Bolivariana, como parte de uma conspiração destinada a derrubar o governo do presidente Nicolás Maduro.
O chanceler venezuelano lembrou que em setembro de 2012, Santos também recebeu Capriles e “não houve nenhum questionamento de nossa parte, porque naquele momento era um dirigente político que estava dentro das regras do jogo democrático”, afirmou.
"Como expressou o presidente Maduro, citando Chávez, nós [Colômbia e Venezuela] somos irmãos siameses, filhos de um mesmo pai Libertador [Simón Bolívar], mas temos dois modelos e visões distintas de como se organiza a sociedade e isso sempre vai causar tensões", declarou Jaua em entrevista para o jornal venezuelano Ciudad Caracas.
“Por isso, a base das boas relações é que se respeite o desenvolvimento interno em cada país e do modelo que cada povo escolheu. Podemos nos entender se nos respeitarmos e não nos intrometermos em assuntos internos do outro país”, disse o chefe da diplomacia venezuelana.
Fonte: Prensa Latina