Republicanos pressionam por revogação de lei de saúde nos EUA

Diretores do Partido Republicano e do setor empresarial estadunidense pressionam para revogar a lei de Assistência Acessível (Affordable Care Act, ACA), afirmam nesta segunda-feira (27) comentaristas políticos e meios de imprensa.

Essa legislação é considerada a principal conquista do primeiro mandato do presidente Barack Obama.

O senador Mitch McConnell, líder da minoria republicana no Senado disse em declaração que cita o jornal The New York Times que "a única solução é revogá-la", ainda que outros membros desse partido político tentem introduzir modificações ao texto antes de que entre em vigor em 2014.

Apesar de ser vista como um esforço louvável, ao oferecer cobertura de saúde a todos os estadunidenses, muitos dos críticos do que é conhecido como Obamacare, consideram que, da forma que o texto foi redigido, muitos interesses serão afetados, especialmente os do setor empresarial.

Os críticos da medida argumentam que nenhum regulamento com o alcance do acordado durante o primeiro mandato de Obama transitou para sua aplicação sem mudanças ou ajuste conhecidos como "correções técnicas".

Um Congresso polarizado, no entanto, não parece ser o cenário adequado para mudar algumas das diretrizes da lei, o que torna quase impossível qualquer ação para aproximar posições, avaliam os comentaristas políticos.

Segundo o Times, os republicanos querem que o regulamento desapareça, enquanto os democratas se recusam a abrir um debate sobre algo que já foi aprovado e que pode afetá-los em um ano eleitoral, pelo que é provável que o Obamacare entre em vigor sem mudanças.

Por outro lado, algumas empresas temem que a entrada em vigência da lei, sem mudanças, possa causar falências.

Mas, os problemas não só parecem preocupar os detratores da Lei da Saúde. Alguns que defendem a lei também gostariam introduzir correções e esclarecimentos.

O setor que defende a entrada em vigor da ACA, como é conhecida a lei em sua sigla em inglês, há milhões de pessoas sem documentos e de baixa renda que sonham com a possibilidade de terem acesso a um seguro de saúde, ainda que existam "problemas técnicos" que dificultem essa aspiração.

O que parece ser uma realidade é que Obama não vai assinar um projeto de lei para revogar a lei, motivo pelo qual alguns de seus críticos e apoiadores acham prudente fazer mudanças antes de que os problemas se convertam em insolúveis e enterrem de vez a lei.

Em termos gerais, os críticos buscam sua revogação e fazer os ajuste práticos que permitam ao "livre mercado" facilitar supostas opções de atenção médica acessíveis e eficazes, enquanto estão previstas disputas para reter seu financiamento, bloquear estipulações chave e anular as regulações que a implementam.

Fonte: Prensa Latina