Colombianos recebem com esperança primeiros acordos de paz
Os colombianos receberam com esperança os primeiros acordos sobre a questão agrária entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP), considerado nos âmbitos políticos e sociais como um ato histórico para avançar para a paz.
Publicado 27/05/2013 11:29
A notícia, divulgada no domingo (26) em Cuba, sede dos diálogos, ocupou as manchetes da imprensa no país, enquanto centenas de colombianos expressaram através das redes sociais sua satisfação pelos primeiros resultados, após seis meses de intensos debates.
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O acordo intitulado ““Rumo a um novo campo colombiano: reforma rural integral” propõe transformações radicais para a realidade agrária com equidade e democracia, segundo explicaram as partes em um comunicado conjunto lido no Palácio de Convenções de Havana, no encerramento do 9º ciclo.
"Trata-se de um programa que inclui reformas encaminhadas para reverter os efeitos do conflito e restituir as vítimas do deslocamento forçado nestes 50 anos do conflito armado, político e social."
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, qualificou este acordo de fundamental e afirmou que o processo continuará com prudência e responsabilidade.
Por sua vez, o presidente do Senado colombiano, Roy Barreras, expressou que este é um “grande passo histórico e irreversível”, enquanto a ex-senadora e defensora dos direitos humanos Piedad Córdoba se mostrou otimista. “Esperamos que os direitos negados aos habitantes rurais finalmente sejam reconhecidos”, disse.
Solidariedade Internacional
A notícia foi recebida com alegria por vários países, organismos internacionais e diversas personalidades. Os mandatários Nicolás Maduro, da Venezuela, e Evo Morales, da Bolívia, felicitaram as partes pelos resultados.
“Estamos mais otimistas de que na Colômbia veremos reinar a paz”, expressou Maduro, cujo país acompanha junto ao Chile os diálogos. Cuba e Noruega são os países garantidores.
Em nome do Equador, o chanceler Ricardo Patiño também elogiou os avanços, assim como o prêmio Nobel da Paz argentino Adolfo Pérez Esquivel, que festejou a notícia pelo Twitter.
Por meio de um comunicado, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, considerou que se trata de um avanço significativo. "O entendimento constitui um passo importante", disse.
No dia 11 de junho deste ano, começará um novo ciclo sobre o segundo ponto da agenda, a participação popular.
Acompanhe no Vermelho o especial sobre os Diálogos de Paz