Participação política é prioridade em 9º ciclo do diálogo de paz
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP), manifestaram nesta quarta-feira (15) que esperam que a mesa de diálogo, instalada em Havana para acabar com o conflito armado no país, aborde o tema da participação política da organização, segundo ponto da agenda de diálogos.
Publicado 15/05/2013 18:37
“Temos plena expectativa e desejo de abordar rapidamente o segundo ponto”, declararam as Farc em ao iniciar o 9º ciclo das conversas de paz com o governo de Juan Manuel Santos, eles manifestaram sua confiança que a delegação governamental chegará com o mesmo ânimo e disposição.
Leia também:
Colombianas concluem encontro com propostas para a paz
Em comunicado lido pelo guerrilheiro "Pablo Catatumbo", a insurgencia destacou que retomam o diálogo com “maior disposição de avanço” e insistiram que há proximidade com o governo sobre a questão da terra – primeiro ponto da agenda pactuada para as conversas que completarão seis meses em 19 de maio.
“Esperamos que tais aproximações sejam explicadas rapidamente, em comunicado conjunto que dê certezas para nossos compatriotas sobre os alcances de esperança que até agora arrojam os diálogos”, indicaram.
As delegações do governo colombiano e as Farc reiniciaram nesta quarta-feira seus diálogos de paz, que ainda continuam ancoradas na questão agrária, origem do conflito armado naquele país.
As Farc reiteraram a necessidade de uma “reforma agrária estrutural e profunda” na Colômbia, onde consideram vital acabar com a estrutura latifundiária que caracteriza o âmbito rural. A guerrilha pede para fortalecer a pequena e média propriedade e as zonas de reserva camponesa, assim como formalizar as terras que estão nas mãos dos camponeses.
Neste sentido, instaram o governo colombiano a “não repetir os erros do passado” na questão do desenvolvimento rural se quer construir “caminhos para o entendimento”. Ressaltaram a necessidade do reconhecimento governamental de sua responsabilidade histórica na geração de violência, do ressarcimento das vítimas do conflito por parte do Estado e de uma Assembleia Nacional Constituinte.
A sua chegada no Palácio de Convenções de Havana, onde ocorrem os diálogos de paz colombianos, a equipe de negociadores do governo que lidera o ex-vice-presidente, Humberto de la Calle, não fez declarações para a imprensa.
O conflito armado na Colômbia, onde também participaram outros grupos de insurgência, paramilitares da direita e organizações do narcotráfico, deixou mais de 3,7 milhões de desaparecidos e 600 mil mortos ao longo de cinco décadas.
Fonte: TeleSur
Acompanhe no Vermelho o especial sobre os Diálogos de Paz