Colombianas concluem encontro com propostas para a paz
Mais de 2 mil mulheres colombianas uniram suas forças em um chamado para exigir seus direitos e propor sua própria agenda no processo de paz, na qual defendem uma constituinte com justiça social.
Publicado 15/05/2013 16:51
Reunidas no 1º Encontro Nacional e Internacional de Mulheres pela Paz e Dignidade, que ocorreu na cidade de Florencia (região sul de Caquetá) do dia 11 a 14 de maio, cerca de 80 organizações sociais concluíram que para conseguir a paz é necessário mudar o modelo de desenvolvimento no país.
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"Queremos chegar à mesa de conversas, que nos levem em conta, que façamos uma Constituinte com justiça social", declarou para a Telesur,Maria Mora, uma das delegadas que participaram no encontro, com sede em uma das regiões mais afetadas nestes 50 anos de conflito armado, político e social.
Três dias de intensos debates em 12 mesas temáticas foram o saldo desta reunião onde acumularam diversas propostas que as mulheres enviarão à mesa entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia-Exército do Povo (Farc), com sede em Cuba desde novembro de 2012.
"Que não nos tenham mais no meio da guerra. Chegou a hora das mulheres", escutou-se entre as múltiplas vozes das colombianas cansadas de tantos anos de confrontos, que pedem uma saída pacífica mas com justiça e direitos. Jovens, idosas, negras, indígenas, todas unidas elevaram suas vozes pela paz e a defesa de suas reivindicações.
Suas experiências no conflito armado, seu papel no setor agrário e contra a exploração minero-energética, a participação em assuntos do Estado, a diversidade étnica, foram alguns temas debatidos.
"Temos a esperança de conseguir dignidade para a mulher, de ter voz e voto para poder defender e falar sobre nossos direitos. Estamos trabalhando pelo resgate de nossa cultura e nossos valores", declarou a líder do movimento negro, Esterlin Quiñones.
Com este fórum as colombianas consolidaram seus anseios de "fortalecer, potenciar e desenvolver nossas capacidades e ações para coordenar, sustentar e defender nossos espaços como mulheres", afirmou.
Fonte: Prensa Latina