França comemora Dia da Vitória sobre fascismo
Sob uma insistente chuva fina e escassa presença de público, o presidente da França, François Hollande, liderou nesta quarta-feira (8) no Arco do Triunfo a cerimônia pela vitória aliada contra o exército nazista em 1945.
Publicado 08/05/2013 16:23
Os atos começaram com a colocação de uma oferenda floral em frente à estátua de Charles de Gaulle e a seguir Hollande, acompanhado por seu homólogo da Polônia, Bronislaw Komorowski, percorreu em um automóvel a avenida dos Campos Elíseos, raramente vazia.
Sob o Arco do Triunfo, localizado na emblemática Praça da Estrela, ambos os dirigentes guardaram um minuto de silêncio ante a Chama Eterna, que arde em homenagem ao soldado desconhecido francês e a todos os caídos durante o conflito bélico.
Em declarações à imprensa depois da cerimônia, o presidente francês referiu-se à necessidade de um trabalho conjunto na Europa pelo crescimento e o emprego e a um compromisso entre seu país, a Alemanha e a Polônia para edificar o futuro da região.
Diferentemente do ano passado, quando o lugar esteve cheio de público dois dias após a vitória de Hollande nas urnas, desta vez só pequenos grupos de franceses e alguns turistas presenciaram o ato.
O chefe de Estado sofreu em 12 meses uma queda abismal no índice de aceitação popular, que segundo recentes pesquisas oscila entre 24% e 25%.
Algumas das principais razões do descontentamento são o descaminho da economia nacional e o crescente desemprego, que afeta já a mais de 3.220.000 pessoas em idade de trabalho.
Até o momento os programas empreendidos pelo governo para combater o desemprego, como o denominado "contrato de geração" e "empregos do futuro" não têm nenhum impacto apreciável na situação.
O presidente faz questão de que conseguirá investir a curva do desemprego antes do fim de ano, mas contra ele está o baixo crescimento do Produto Interno Bruto, previsto em menos de 0,1% para 2013.
A credibilidade do governante viu-se afetada, ademais, pelo escândalo desatado pelo ex-ministro de Orçamento Jerome Cahuzac, que reconheceu a existência de uma conta ilegal a seu nome em um banco do exterior.
Hollande previu dirigir-se à população no próximo 16 de maio, um dia após o primeiro aniversário de sua tomada de posse.
Uma das expectativas sobre sua intervenção é conhecer se realizará alguma mudança em sua equipe de governo, como insinuou em uma entrevista concedida à revista Paris Match.
Fonte: Prensa Latina