Movimentos definem democratização da mídia como prioridade
Por uma mídia democrática movimentos sociais brasileiros preparam um plano de trabalho para a coleta de assinaturas do Projeto de Lei de Iniciativa Popular que instituí uma regulamentação dos meios de comunicação. A decisão de focar as próximas mobilizações no combate ao PIG (Partido da Imprensa Golpista) foi tomada durante a Plenária Nacional dos Movimentos Sociais, ocorrida na segunda-feira (6).
Publicado 08/05/2013 13:13
Estiveram presentes no Colégio Pio XI, no Alto da Lapa, entidades de diversos segmentos, como as que estão ligadas à Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS): Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Nacional dos Estudantes (UNE), Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam), Central de Movimentos Populares (CMP), União da Juventude Socialista (UJS), União Brasileira de Mulheres (UBM), Marcha Mundial das Mulheres (MMM), União de Negros pela Igualdade (Unegro), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), entre outras.
Durante o encontro, que durou o dia inteiro, sete pontos foram tratados e definidos como prioritários para atuação, entre eles o PL da Mídia, que será encampado por todos. Está prevista a capacitação de pessoal para coletar as assinaturas. Serão necessárias 1 milhão e trezentas mil assinaturas para que o projeto vá para o Congresso Nacional.
Também ficou estabelecido que será preparada e divulgada uma carta onde os militantes se posicionarão contrários a redução da maioridade penal. “É uma bandeira da direita que tem avançado e precisamos preparar um calendário para mobilizar a sociedade que precisa discutir o fato e não deixá-lo somente na mídia, como tem ocorrido”, observou Edson França, presidente da Unegro, que esteve presente na plenária. Ainda não há uma data definida para a divulgação da nota.
Outro documento que está sendo preparado fará um alerta sobre o leilão que acontecerá na terça (14) e quarta-feira (15) de 289 áreas de exploração de petróleo, distribuídas em 11 Bacias Sedimentares: Barreirinhas, Ceará, Espírito Santo, Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Parnaíba, Pernambuco-Paraíba, Potiguar, Recôncavo, Sergipe-Alagoas e Tucano. Estima-se que será disponibilizado um volume de, pelo menos, 30 bilhões de barris.
“Onde está a mídia que não divulga isso. Somos contra a concessão de petróleo, que é estratégico para o desenvolvimento do país”, comentou Edson França.
Os movimentos sociais também definaram os seguintes pontos de atuação para os próximos meses: reforma do judiciário, reforma política, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, 10% do PIB para a educação.
Deborah Moreira
Da redação do Vermelho