"Dia de Jerusalém" israelense comemora ocupação com tensões
O grupo de apoio à paz israelense Gush Shalom pediu à cantora Achinoam Nini, para cancelar a sua apresentação nesta quarta-feira (8) durante os eventos de comemoração do Dia de Jerusalém. Israel comemora o dia de acordo com o calendário hebreu, como o “dia da unificação”, em referência ao dia em que ocupou e anexou Jerusalém Leste, Palestina, em 1967. Manifestações de colonos judeus em bairros palestinos também causaram tensões.
Publicado 08/05/2013 15:05
Nas manifestações desta quarta, no contexto do “Dia de Jerusalém”, o fotojornalista israelense Oren Ziv, do coletivo Activestills, foi preso pelas forças israelenses. Na ocasião, colonos judeus marcharam por bairros palestinos, causando a reação dos moradores, com bandeiras israelenses e gritos provocativos, racistas e nacionalistas.
Ziv foi preso enquanto fotografava a violenta detenção de um fotógrafo palestino, que também estava documentando o evento.
A carta do grupo Gush Shalom à cantora israelense dizia que “A Municipalidade de Jerusalém é um grande aparato de opressão contra os residentes palestinos de Jerusalém Leste, para quem os serviços municipais principais são escavadeiras que demolem as suas casas”.
Gush Shalom descreveu o chamado “Dia de Jerusalém” como uma comemoração dos colonos e seus aliados, que dançam provocativamente com bandeiras na Cidade Antiga de Jerusalém, até realizarem atos diretos de violência.
Dezenas de palestinos também se manifestaram em frente ao Centro Russo de detenção em Jerusalém Oeste, exigindo a libertação do Mufti de Jerusalém e o xeique da Palestina Muhammad Hussein.
A polícia israelense prendeu Hussein em sua casa sob a acusação de incitar os muçulmanos a proteger a mesquita Al-Aqsa (em Jerusalém, o terceiro lugar mais sagrado do Islã), contra as tentativas de extremistas judeus de atentarem contra a sua santidade com uma invasão.
O ministro palestino para Assuntos de Jerusalém, Adnan Husseini denunciou em um discurso o que chamou de “detenção ilegal israelense” de Hussein, e exigiu a sua libertação imediata.
Com Wafa,
da redação do Vermelho