Hollande completa um ano de governo com baixa aprovação

Hollande, que segundo as últimas pesquisas conta com o apoio de apenas 24% da população, convocou todos os seus ministros a fazer um balanço do trabalho realizado em 12 meses desde a eleição, nesta segunda.

A acelerada perda de capital político do mandatário se deve, sobretudo, ao escasso impacto das medidas adotadas para enfrentar a crise econômica e financeira e resolver os problemas mais graves da população.

Na luta contra o desemprego foram postos em marcha programas denominados "empregos do futuro" e "contrato de geração", mais os resultados ainda estão muito abaixo das expectativas e o número de pessoas sem trabalho cresce exponencialmente.

No final de março, o recorde histórico de desemprego foi rompido novamente, e a cifra de desempregados chegou a 3.220.000 pessoas no território metropolitano, o que compreende a parte continental e a ilha de Córsega.

Além disso, o Produto Interno Bruto da França crescerá apenas 0,1% em 2013, e o governo teve de abandonar a meta de redução do déficit fiscal a 3% este ano.

Hollande também é criticado pelo incumprimento de vários compromissos, entre eles a aplicação de um imposto extraordinário às grandes fortunas e a modificação do estatuto penal do presidente, para eliminar a sua imunidade perante os tribunais.

Sobre a habitação, Hollande havia prometido construir meio milhão de residências em cada ano de seu mandato, mas a lei correspondente foi apresentada ao Conselho de Ministros há apenas alguns dias.

O analista Edouard Lecerf, diretor-geral da empresa de pesquisas TNS Sofres, recordou, por outro lado, que Hollande iniciou seu governo com uma aprovação de 54 pontos, já muito inferior à dos seus antecessores.

François Mitterrand e Jacques Chirac começaram seus primeiros mandatos, por exemplo, com 74 e 64 por cento de apoio, respectivamente, e Sarkozy logrou 64 pontos em maio de 2007.

Fonte: Prensa Latina
Tradução da redação do Vermelho