Colômbia retoma mesa de propostas populares para fim do conflito
As mesas regionais de paz começam nesta segunda-feira (6) em Bogotá, capital da Colômbia, uma nova fase de discussões com o tema das vítimas do conflito armado de mais de seis décadas naquele país. As mesas são parte de uma iniciativa que busca dar voz à sociedade civil colombiana nos diálogos para a paz mantidos entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo do presidente Juan Manuel Santos.
Publicado 06/05/2013 08:41
Na jornada inaugural, no Capitólio Nacional, um grupo de vítimas enviará uma mensagem às delegações do governo e das Farc, que desde novembro de 2012 mantêm conversações em Havana, capital de Cuba, para uma saída pacífica do conflito armado da Colômbia.
Convocadas pelas Comissões de Paz do Congresso, à primeira das mesas assistirão o coordenador do Sistema das Nações Unidas na Colômbia, Fabrizio Hochschild e o congressista Iván Cepeda, entre outros.
Neste segundo ciclo serão abertos nove foros com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, que se encarregará de recolher as propostas e enviá-las ao governo e à guerrilha.
A próxima mesa terá sessão em Rionegro, no departamento de Antióquia (no norte do país), nos dias 9 e 10 de maio, e contará com participantes de Risaralda, Quindío e Caldas. Logo depois haverá sessões no departamento central de Meta, em 16 e 17 de maio, com a participação de delegados de Guaviare, Guainía, Vaupés e Vichada.
O presidente do Senado, Roy Barreras, anunciou em março que estas comissões estarão integradas pelos senadores Juan Fernando Cristo, do Partido Liberal, e Juan Mario Laserna, do Partido Conservador, entre outros.
No primeiro ciclo, centrado na política de desenvolvimento agrário integral, cerca de 3.000 propostas foram recebidas de 1.333 organizações, redes e plataformas nacionais, e foram enviadas às partes em Havana, sede permanente dos diálogos.
O governo e a guerrilha concluíram nesta sexta-feira (3) o oitavo ciclo de conversações com o objetivo de pôr fim a mais de seis décadas de enfrentamento político, social e armado. Em 15 de maio regressarão à mesa de negociações com o propósito de fechar o primeiro dos cinco pontos da agenda, relativo à questão agrária.
Com Prensa Latina