Líder do Hezbollah reafirma resistência libanesa e apoio à Síria
O secretário-geral do partido de resistência islâmica do Líbano Hezbollah, Hassan Nasrallah, afirmou em um discurso televisivo transmitido nesta quarta-feira (1º/4) que o partido “está ajudando a Síria”. O discurso foi feito poucos dias depois de Nasrallah ter encontrado o ministro-adjunto de Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Bogdanov. O líder também falou da postura agressiva de Israel na região.
Publicado 02/05/2013 11:47
“A Síria tem verdadeiros amigos na região, e o mundo não deixará a Síria cair nas mãos da América, de Israel ou de grupos takfiri [islamistas radicais]," disse Nasrallah.
“A batalha é longa, embora nunca tenhamos convocado o combate”, continuou, em referência também aos grupos armados na Síria, que se classificam “de oposição”.
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Entretanto, a violência tem afetado o sul do país, onde o Hezbollah tem maior presença, através de ataques realizados pelos grupos armados, e também pela recepção de refugiados sírios.
Nasrallah deixou claro que o Hezbollah tem ações na região de Al-Qusayr, que fica na fronteira do Líbano com Sayyida Zeinab, perto de Damasco. “Não deixaremos os residentes libaneses de Al-Qusayr sozinhos”.
De acordo com Nasrallah, há cerca de 30.000 libaneses vivendo na região. “Ao longo dos últimos meses, o exército sírio tem tido que se retirar das cidades à volta de Al-Qusayr, e os residentes dessas cidades têm tido que enfrentar os rebeldes sozinhos”, disse.
Sayyida Zeinab é conhecido como o local onde a neta do profeta islâmico Maomé foi enterrada, e Nasrallah afirmou que “esta é uma questão sensível, pois alguns grupos extremistas anunciaram que se conseguirem dominar a região, eles a destruirão”, e que “os países que apoiam esses crimes serão responsáveis”.
O Hezbollah foi acusado de enviar um avião não-tripulado (drone) através da fronteira sul do Líbano com Israel, mas segundo Nasrallah, o partido “negou essas acusações enviando uma declaração de uma linha na mesma noite do incidente”.
“Todos sabem que o Hezbollah tem coragem para se responsabilizar por seus atos, especialmente contra o inimigo”, disse Nasrallah, que também negou o envolvimento da Guarda Revolucionária Iraniana no incidente. Para o líder, o evento pode ter sido uma iniciativa para levar o Líbano a um confronto com Israel, ou até que os próprios israelenses tenham enviado o drone para acusar o partido.
Narsallah disse que “se há alguém que pensa que a resistência no Líbano, como resultado dos eventos regionais, está numa posição enfraquecida, frágil ou confusa, está profundamente enganado. Confrontaremos qualquer agressão contra o Líbano”, concluiu.
Com agências,
Moara Crivelente, da redação do Vermelho