Prisões israelenses: Palestino denuncia grave situação de saúde

Samer Issawi, prisioneiro palestino detido pelas forças israelenses, que estava em greve de fome desde agosto de 2012, informou sobre o deterioro da situação de saúde de outros 16 palestinos presos em cárceres do regime israelense. A informação foi transmitida nesta quinta-feira (2) pela agência de notícias palestina Ma’an.

Samer Issawi - Al-Manar

Issawi, que estava preso sem acusação desde julho de 2012, acaba de finalizar uma greve de fome de nove meses, após chegar a um acordo com o regime israelense, e deve ser liberto no final deste ano.

De acordo com Issawi, em declarações à Ma’an, os 16 palestinos estão em situação “muito crítica”, e sua medicação limita-se a analgésicos, enquanto sua saúde piora exponencialmente. A negligência médica nas prisões israelenses já foi denunciada por diversas organizações de defesa dos direitos humanos.

Como exemplo da situação dos prisioneiros palestinos em centros de detenção israelenses o prisioneiro agora hospitalizado, Issawi, assegura que um dos cativos sofre de enfermidades cardíacas, e ainda assim foi condenado à prisão perpétua, enquanto há outros quatro que precisam de cirurgias.

Issawi pediu às organizações e instituições internacionais defensoras dos direitos humanos para cumprirem com as suas responsabilidades, consistentes em abordar a situação dos prisioneiros, em especial dos que padecem de enfermidades.

Samer Issawi foi preso pela primeira vez em 2002, quando o regime israelense o condenou a 26 anos de prisão, mas foi libertado em 2011, quando houve um acordo para a troca de mais de 1.000 prisioneiros políticos pela libertação do soldado israelense Gilad Shalit, capturado pelas forças palestinas na Faixa de Gaza, em 2006.

Assim como outros libertos pelo acordo, Issawi voltou a ser preso, sem acusação. Por isso, uma das premissas da Autoridade Palestina para a retomada das negociações com Israel é a de abordar efetivamente o caso dos prisioneiros palestinos, submetidos a prisões arbitrárias (sob o mecanismo de “detenção administrativa”) e a torturas já denunciadas, em violação direta do direito internacional humanitário.

Com agências,
da redação do Vermelho