Sem acordo, professores de SP devem manter greve em assembleia
A vice-presidenta do Sindicato dos Professores de São Paulo (Apeoesp), Francisca Pereira da Rocha Seixas, lamentou a postura do governo do estado de São Paulo durante a reunião de negociação ocorrida nesta quinta-feira (25). "Não avançamos em nada e nossa proposta para a assembleia é de continuidade da greve", declarou ao Vermelho a dirigente sindical, referindo-se à assembleia que acontece na sexta-feira.
Publicado 25/04/2013 17:55
A Secretaria Estadual de Educação não apresentou propostas às pautas de reivindicações da categoria e a greve será mantida. O sindicato e o secretário da pasta, Herman Jacobus Voorwald, reuniram-se nesta manhã, atendendo a uma solicitação da entidade, para discutir a pauta e buscar caminhos para pôr fim à greve dos docentes, iniciada na segunda-feira (22).
Os professores realizam nova assembleia na sexta (26), a partir das 14h, no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na avenida Paulista.
Diante da postura do governo de não apresentar solução nenhuma para nenhum dos pontos reivindicados pelos professores, certamente a paralisação deverá continuar", completou.
De acordo com a Apeoesp, a adesão dos trabalhadores chegou a 33% na quarta (24) e deverá aumentar a partir de sexta.
A categoria reivindica: reposição das perdas salariais acumuladas desde fevereiro de 1998 (36,74%); reajuste imediato de 13,5%, sendo 6% já assegurados pela lei, mais 2% acrescidos pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), além de 5% referentes à parcela do reajuste de 10% que não teria sido paga em 2012; implementação da jornada do piso com pelo menos 33% do tempo dedicado à preparação de aulas e formação.
Também exigem a extensão dos direitos e condições de trabalho do professor da categoria ”F” para o da categoria “O”, que são profissionais contratados temporariamente e que não podem utilizar os serviços do Hospital do Servidor Público, por exemplo, que também está na pauta dos trabalhadores. Elesdenunciam uma tentativa de privatização do hospital. Também reivindicam a reformulaçãodo programa da Escola em Tempo Integral e a implementação de políticas para prevenir e combater a violência nas escolas.
Deborah Moreira
Da redação do Vermelho