Gangues estão sendo monitoradas

No sábado, duas gangues punks rivais, a Street-Punk e a Anarco-Punk, se enfrentaram próximo à tenda armada no Museu da República para comemorar o aniversário de Brasília e o resultado foram três pessoas feridas a facadas, duas delas da Anarco-Punks.

A outra vítima foi um policial militar, atingido com facadas no ombro, braço e rosto. O agressor foi preso na Asa Norte e levado para a 5ª DP. Ele seria integrante da Street-Punk (gangue conhecida como Skinhead White Power).

Tatuagens, símbolos como a suástica – usada pelos nazistas –, roupas rasgadas e palavras de efeito estampadas em camisetas refletem a ideologia dos jovens envolvidos na ação violenta.

Segundo o delegado de plantão, Reinaldo Vilar, as ocorrências relacionadas a este tipo de grupo têm aumentado. “As redes sociais contribuem para o aumento da rivalidade. Eles marcam encontros para beber e fazer atos de vandalismo, como pichação. E assim que o grupo rival toma conhecimento, vai até o local e a confusão está armada.”

Passado violento

O delegado conta que esta não é a primeira vez que duas as gangues se atacam. Há três meses, os agressores foram os Anarco-Punks, que chegaram a ferir um Street-Punk, durante um conflito, com um tiro na perna.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do DF, nos anos 1990 o DF tinha cerca de 30 gangues que seguiam a ideologia punk. Desde aquela época, a polícia monitora e repreende esses grupos. Hoje, o número teria diminuído, mas não há levantamento sobre a quantidade das gangues. A Secretaria diz que se o governo notar aumento da tendência tom ará as medidas para coibir.

A confusão na Esplanada começou às 5h. O soldado Élio Figueiredo e outro PM tentaram conter a briga, mas foram atingidos. Élio teve escoriações. O outro PM foi atingido gravemente e levado para o Hospital de Base, onde passou por cirurgia no rosto. Ele não corre risco de vida.