SP adere ao Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

O prefeito Fernando Haddad assinou na tarde desta sexta-feira (19) o termo de adesão da cidade de São Paulo ao Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, conhecido como Viver Sem Limite. A assinatura ocorreu no estande da Prefeitura na feira especializada Reatech, no Centro de Exposições Imigrantes.

Ao lado da ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, da secretária da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Marianne Pinotti, e do secretário nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antonio José do Nascimento Ferreira, a adesão garantiu a possibilidade de São Paulo pleitear recursos do programa.

Criado em 2011 pela presidenta Dilma Rousseff, o Plano Viver Sem Limite reúne 15 ministérios em ações conjuntas, que prevê investimentos da ordem de R$ 7,6 bilhões até 2014, em áreas como saúde, educação, acessibilidade e geração de renda para pessoas com deficiência.

Quando era ministro da Educação, em 2010, Haddad ajudou na elaboração do plano. “Essa adesão significa que mais recursos chegarão para que a cidade se adeque às novas e antigas necessidades, nem sempre observadas pelo Poder Público”, disse o prefeito, que ressaltou as ações da Prefeitura, como o projeto de lei que prevê a modernização das calçadas, em que as multas aplicadas terão valores revertidos para melhoria do passeio público.

“São pequenos gestos que têm repercutido muito”, afirmou o prefeito, que aproveitou para conversas pessoas com deficiência, como a estudante Talita Matos Zgalo, que participa do Balé dos Cegos.

Para a secretária Marianne Pinotti, a adesão dá fôlego para um projeto de cidade acessível a todos. “A cidade não estava aproveitando deste plano até agora, a não ser na parte de educação inclusiva, que aconteceu junto ao plano. Essa adesão vai gerar oportunidades na saúde, no transporte, no turismo acessível a pessoas com deficiência que visitem a cidade e nas calçadas”, exaltou.

A ministra Maria do Rosário exaltou a adesão da cidade ao plano, principalmente por Haddad ter feito parte da elaboração. “São Paulo é uma grande metrópole, que decidiu trilhar o caminho de oportunidades para todas as pessoas. A cidade vem percebendo o que significa calçadas, acessibilidade comunicacional e as questões da cidadania”, afirmou.

Ações

Durante o evento, a secretária Marianne Pinotti reforçou o compromisso da Prefeitura com lei federal que estipula que todos os ônibus têm de oferecer acessibilidade a deficientes físicos até 2014. "Atualmente, mais de 60% da nossa frota está acessível", destacou a secretária.

Marianne também ressaltou a preocupação da Prefeitura com as calçadas da cidade. Segundo ela, rotas de acessibilidade já têm sido desenhadas para atender a locais de grande movimentação, tais como os centros comerciais. Por conta da Copa de 2014, áreas como a do aeroporto de Congonhas, o Itaquerão e o Anhangabaú, onde será montado um telão para a exibição dos jogos, serão priorizadas.

Ainda assim, a secretária destaca que parte do calçamento público é também de responsabilidade do cidadão. "Existem padronizações que muitas vezes não são seguidas", afirma. Para driblar o problema, um projeto de lei foi criado com o intuito de proporcionar melhoras ao calçamento da cidade. Por ele, multas eventualmente aplicadas serão revertidas para a reparação da via pública. "Queremos facilitar a vida da pessoa com deficiência. O objetivo aqui não é arrecadatório, mas, sim, de melhoria do passeio", afirmou o prefeito Fernando Haddad.

Fonte: Portal da Prefeitura de São Paulo