Maduro toma posse no aniversário da independência da Venezuela
Neste 19 de abril, data histórica para o povo venezuelano, que comemora 203 anos de independência do país, Nicolás Maduro, o primeiro presidente chavista – eleito no último domingo (14) – toma posse, em Caracas.
Publicado 19/04/2013 16:13
Com amplo apoio popular que, desde a manhã desta sexta-feira (19), tomou as ruas de Caracas, o presidente eleito da República Bolivariana da Venezuela foi juramentado pelo presidente da Assembleia Nacional (AN), Diosdado Cabello, para o período de 2013-2019.
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O ato ocorreu no Palácio Federal Legislativo e teve a presença de ministros, governadores, representantes dos poderes públicos, assim como 61 delegações do mundo e 17 chefes de Estado. “Juro pela memória eterna do comandante Hugo Chávez, que cumprirei e farei cumprir esta Constituição”, expressou Maduro que recebeu a faixa presidencial das mãos de Cabello e da filha de Chávez, María Gabriela.
Em seu primeiro discurso como presidente chavista, Maduro se comprometeu a continuar o legado de Chávez através, principalmente, do desenvolvimento do Plano da Pátria elaborado pelo líder socialista e inspirado no povo venezuelano.
Maduro destacou o trabalho do Líder da Revolução Bolivariana na construção de uma região unida e destacou o papel da União das Nações Sul-americanas (Unasul) – que realizou uma reunião na véspera para respaldar o processo eleitoral venezuelano – no continente: “A grande fortaleza da Unasul é sua diversidade, porque permite encontrar um ponto de encontro com respeito e sinceridade, para os que aspiramos nossa pátria”, indicou.
União do país
O presidente chamou os setores identificados com o antichavismo para unificar forças no trabalho coletivo pelo bem das maiorias “Chamo aos que votaram contra o candidato da Pátria, vamos trabalhar, jovens, mulheres , empresários (…)" e mostrou disposto a dialogar com a oposição.
"Só com o povo poderemos continuar estimulando o modo de vida socialista, só com a fraternidade poderemos continuar vivendo (…) já temos a maturidade necessária para continuar o legado que nos deixou a Revolução Bolivariana que começou com Chávez", expressou.
Desespero da Oposição
Enquanto Maduro discursava, um homem com uma camisa vermelha, que se infiltrou com os seguidores do chavismo, violou as normas de segurança, invadiu o púlpito e tentou tomar o microfone. Em seguida, Maduro declarou superado o “incidente” e disse que depois conversaria com o “companheiro”.
O mandatário pediu para os antichavistas não se deixarem contagiar pela violência e pelo ódio dos líderes da direita e lembrou dos atos de violência perpetrados pela oposição, após a divulgação do resultado das eleições, que deixou um saldo de oito venezuelanos mortos e 63 feridos e 170 detidos e expressou que os crimes não ficarão impunes.
Na última segunda-feira (14), o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), proclamou Nicolás Maduro como presidente eleito daquele país com 50,78% dos votos.
Após a posse será realizado um desfile cívico-militar pela Avenida Los Próceres de Caracas, em comemoração à data em que os venezuelanos deram o primeiro passo para sua independência.
Com Agências