Mutirão de professores do sistema prisional
No dia 4, a Secretaria de Estado da Mulher do Distrito Federal realizou mais uma edição do Mutirão Formação, Informação e Cidadania.
Publicado 09/04/2013 09:49 | Editado 04/03/2020 16:40
A atividade aconteceu na Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação – EAP. Desta vez, o público alvo foi os 40 professores que atuam no sistema prisional do DF. O objetivo da oficina era levar conhecimento sobre relações de gênero e sobre a Lei Maria da Penha para que esses profissionais possam atuar de maneira mais sensibilizada nos presí dios.
A dinâmica das atividades realizadas durante o encontro foi feita de forma que possibilitasse a contribuição e interação entre os presentes, enriquecendo, assim, o debate sobre os temas propostos. Nesta edição, principalmente, os participantes questionaram bastante as políticas públicas desenvolvidas pelo GDF acerca do empoderamento da mulher e também como o governo tem procurado diminuir os casos de violência doméstica e familiar praticada contra elas.
A secretária de Estado da Mulher, Olgamir Amancia Ferreira, destaca a participação dos presentes como fator fundamental para o trabalho de reflexão sobre a condição da mulher na sociedade. “É muito importante estarem todas e todos aqui reunidos. É uma troca de experiências muito rica. A convivência com o outro é fundamental para a percepção das diferenças e assimilação delas”, avaliou.
O Mutirão é um dos eixos de trabalho do programa Rede Mulher. A ideia é promover entre as participantes uma reflexão conjunta sobre como o machismo está posto na sociedade, e se devemos aceita-lo ou não; como homens e mulheres podem contribuir para a construção de uma cultura baseada na igualdade de gênero; se ainda é aceitável que os homens agridam suas esposas; e qual é o papel de cada um para que haja uma reversão desta sociedade marcada pela desigualização.
De acordo com o coordenador do primeiro segmento do EJA do sistema prisional, Gilvan de Pádua Rodrigues, o presídio feminino é onde mais se observam carências. Segundo ele, para trabalhar com as detentas requer preparo especial. “É melhor que a gente chegue lá dentro com mais embasamento. Quando recebemos uma oficina falando sobre a Lei Maria da Penha, temos mais instrumentos para trabalhar com elas. Existem vários pontos que a gente poderia trabalhar dentro do presídio com elas e as oficinas de vocês ajudam a gente a fazer esse tipo de trabalho. Dá para replicar quase tudo que a gente vê aqui, porque usamos isso como subsídio”, argumenta. No fim da atividade, foi produzida uma carta, que será enviada a todas e todos que participaram da atividade.