Lúcia Stumpf defende manutenção do FSM e Conselho Internacional

Atualmente, o FSM possui edições temáticas e, a cada dois anos, ocorre uma grande edição mundial, que nos últimos anos tem ocorrido fora do Brasil em países cujos acontecimentos políticos têm chamado a atenção, como é o caso da Tunísia, que foi pioneira na chamada Primavera Árabe.

“Nós vamos defender na Assembleia dos Movimentos Sociais a necessidade de se manter a construção dos fóruns e que se mantenha um conselho internacional capaz de gerir esse fórum. Além dessa grande feira dos movimentos do mundo, o Fórum precisa apontar consequências políticas e por isso a importância de um Conselho Internacional que debata conjuntura, as questões políticas que vislumbrem perspectivas para o fórum. Queremos, portanto, a manutenção a existência desses fóruns descentralizados, que viajam pelo mundo, a cada dois anos, podendo ter esse encontro mundial além dos encontros temáticos que acontecem todos os anos”, defendeu Lúcia Stumpf, em entrevista à Rádio Vermelho, na quinta (28), um dia antes da Assembleia dos Movimentos Sociais.

“Cada Fórum modifica a visão dos movimentos, amplia a nossa percepção. Para nós brasileiros isso se reforça. Nós que sempre atuamos na construção dos fóruns, e que somos em grande medida um dos principais articuladores da Assembleia dos Movimentos Sociais. Lembrando que a troca de experiência dos brasileiros, levando sua vivência nos fóruns também está sendo bastante rico”, completou.

Ela reforçou a importância da solidariedade entre os povos: “Para nós o mais importante aqui[em Túnis] é fomentar a solidariedade entre os povos latino-americanos e africanos, ampliando o processo de desenvolvimento conjunto do que chamamos de Eixo Sul-Sul”, declarou.

Lúcia também destacou a mobilização dos movimentos brasileiros durante a Assembleia dos Movimentos Sociais, que aconteceu na sexta-feira (29), que para ela é a principal atividade do FSM. Além disso, acrescentou a importância da luta pela paz.

“A luta pela paz e solidariedade entre os povos é sempre uma marca dos Fóruns e aqui ganha uma expressão maior”, destacou Lucia, lembrando da atividade que a Fundação Maurício Grabois promoveu na sexta-feira (29), sobre o tema. “A luta pela paz é uma bandeira anti-imperialista”, reforçou.

Com relação à mobilização das mulheres do FSM, Lúcia Stumpf, lembrou da ampla participação do movimento de mulheres. “As mulheres estão bastante mobilizadas, a União Brasileira de Mulheres está bastante presente nas discussões”, comentou a secretária comunista.

Ouça a íntergra da entrevista: