Novas medidas golpeiam aposentados franceses
O nível de vida de um amplo setor dos aposentados será afetado a partir desta segunda-feira (1º/4), quando entram em vigor novas medidas governamentais que reduzirão sua renda mensal.
Publicado 01/04/2013 06:59
Trata-se da entrada em vigor de um novo imposto de 0,3 por cento sobre as pensões com o objetivo de contribuir para financiar os gastos dos idosos que não têm recursos próprios ou não têm familiares para lhes dar assistência.
O denominado Fundo de Solidariedade para a Velhice era até agora assumido totalmente pelo Estado, mas devido aos cortes orçamentários deste ano para equilibrar as finanças públicas, o governo decidiu aplicar o imposto sobre os aposentados.
Por outro lado, o reajuste anual das pensões complementares, uma renda adicional estabelecida com o propósito de enfrentar a alta constante do custo de vida, será inferior ao índice da inflação acumulada no último ano.
Este é o primeiro efeito negativo de um acordo sobre o emprego com vigência de três anos assinado em meados de março entre as organizações patronais e três centrais sindicais minoritárias.
De acordo com esse pacto, as pensões complementares só crescerão a partir desta segunda-feira em 0,8 por cento, abaixo de 1,34 por cento da inflação registrada até dezembro de 2012.
Antoine Bozio, economista e diretor do Instituto de Políticas Públicas, assinalou que, com o argumento de compartir a carga da crise entre trabalhadores ativos e aposentados, está-se criando a médio prazo um novo problema, a pauperização dos idosos.
Para Daniel Karniewicz, da Confederação Geral de Quadros, uma organização sindical que se negou a assinar esse acordo, a situação será ainda mais grave em 2014 porque as pensões estarão ainda mais abaixo do custo de vida real.
Prensa Latina