Apesar de acordo, médicos mantêm estado de greve na Bahia

Numa concorrida assembleia, na noite desta terça-feira (19), que teve a presença do secretário de Saúde da Bahia, Jorge Solla, os médicos aceitaram o Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) nos termos propostos pelo governo do estado, mas decidiram se manter em estado de greve, até que o plano seja transformado em lei.

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Pela proposta do governo, a aplicação do PCCV se dará em duas etapas. Uma com início neste ano e outra no ano que vem. Em 2015, haverá a primeira aplicação do processo de progressão de carreiras e, no próximo ano, o de promoção para novos cargos dentro da estrutura da Saúde estadual. “São quatro anos de implantação de processos que vão impactar em ganhos financeiros reais acima da inflação”, explicou o secretário.

Após a apresentação do Plano pelo secretário Solla, os médicos fizeram diversas perguntas buscando esclarecimentos. Durante mais de três horas de debates, as divergências foram explicitadas. O próprio secretário declarou que este não é o plano ideal, mas o que é possível neste momento. Apesar de conter avanços que beneficiam aposentados e municipalizados, não ocorreu a inclusão dos médicos auditores no PCCV.

Certo de que a luta da categoria e do Sindimed trouxe resultados positivos, o presidente do Sindimed-BA, Francisco Magalhães, afirmou que a proposta foi levada à categoria e que mesmo havendo consenso, os médicos decidiram manter o estado de greve até que o PCCV vire Lei. “Temos um entendimento e o esforço foi feito por parte do conjunto das entidades médicas”, afirmou.

Negociação

O acordo foi negociado em uma reunião ocorrida na Governadoria entre o Sindicato dos Médicos, o governador Jaques Wagner e secretários, no fim da tarde desta terça-feira (19). A conversa avançou na direção de um acordo pleno nas reivindicações da categoria.

Aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV), por exemplo, está há 30 anos na fila dos desejos dos médicos do estado. Entretanto, o pedido de antecipação da 2ª parcela do reajuste acertado em 2012 está programado para ser liberado em abril de 2014, mas o os médicos queriam era que ela fosse antecipada para o mês de janeiro, o que, segundo Magalhães, daria um “conforto” para discutir junto à categoria.

Fonte: Sindimed-BA